Seguindo a linha de jogos "contemplativos", Exo One se diferencia por oferecer mais mecânica, não limitando o jogador a apenas contemplar, mas também participar dessa beleza in game.

O game tem uma mecânica bem simples que faz uso da gravidade, controlamos uma esfera que manipula o seu peso, se utilizando do terreno íngreme para aumentar sua velocidade e decolando ao diminuir a gravidade em terrenos mais elevados. Estando suspenso no ar, a esfera pode se transformar em uma espécie de nave a fim de planar nas nuvens de tempestade para alcançar terrenos mais distantes.

Em síntese, quanto mais preciso o jogador na administração da gravidade, mais longe será o salto da esfera, e mais ela poderá planar enquanto na forma de nave. A recompensa, além de chegar mais próximo do objetivo, é uma vista deslumbrante que transmite diversas sensações como calmaria, conforto, uma imersão muito bem feita como se o jogador estivesse de fato dentro daqueles cenários.

O game faz o uso de sistema de fases, onde cada fase é um novo planeta com um novo cenário a ser contemplado através do uso da gravidade.

Infelizmente, é aqui onde o jogo peca e não consegue se manter belo por muito tempo, passando a ser cansativo. nos primeiro 3 planetas, o game impressiona bastante, mas após isso o jogo repete os conceitos dos cenários já utilizados.

O fator novidade é extinto totalmente, o game até tenta variar ao colocar limitadores de jogabilidade em alguns cenários a fim de obrigar o jogador a se virar sem a mecânica de gravidade, mas sinceramente? só faz tirar parte do controle do jogador e esticar o game artificialmente.

O jogo é bem curto (zerado com 2hrs e 24min) e ainda assim foi cansativo devido a repetição mecânica e dos cenários, se recuperando próximo ao final do jogo. Mas já era tarde, eu só queria que o game acabasse logo.




Continuando imediatamente após o final do jogo base, Extraction Point traz uma campanha curta e poucas novidades.

Após o final do jogo base, é de se pensar que a parte sobrenatural do game iria ganhar peso e isso realmente é entregue nesta DLC, por mais que alguns trechos se limitem a jump scare barato, no geral foi satisfatório.

O mesmo não pode ser dito quanto a novidades e polimento, afinal, foram adicionadas apenas duas armas novas (que aparecem eventualmente para usar), e apenas dois inimigos novos. ( um só aparece umas 5 vezes, e o outro apenas uma vez.)

No geral, é a mesmice do jogo base, que se já estava cansativo lá, aqui cai na monotonia total. Os cenários também estão muito semelhantes, com a exceção de cenários enormes com alguns elementos destrutíveis.

Sinceramente? Não faço ideia do pórque colocaram esses cenários, tendo em vista que ele é preenchido com poucos inimigos. Só serviu para deixar o jogo mais pesado e bugado.

Diferente do jogo base, me custou jogar esse game. Vários crashs, npcs que deveriam abrir uma porta e bugavam me fazendo perder progressos; chegar no final do capitulo e o jogo fechar sozinho me fazendo voltar consideravelmente o save.

Por mais que adicione mais história e dê o gancho para sequência, Extraction Point definitivamente não merece ser experenciado devido a mesmice e falta de polimento, trazendo nada mais que frustração e tédio ao jogador.

Se tratando de um game de 2005, a parte técnica é soberba. A física de F.E.A.R, no que se refere aos impactos dos tiros nos inimigos, das explosões, das vidraças quebrando, dentre outras exibições gráficas, supera até mesmo de alguns jogos atuais.

A Gunplay está datada para os dias de hoje, mas ainda é competente e prazerosa, o bullet time ajuda bastante já que foi muito bem utilizado, sendo um dos games que mais soube utilizar essa mecânica.

A história é boa, o plot twist final realmente empolga e traz personalidade a trama. Quanto a atmosfera, mesmo sendo um jogo de ação, F.E.A.R também possui aspectos de terror, e é competente nessa enseada. Nem perto de ser o jogo mais assustador que já joguei, mas o sobrenatural do game contribui positivamente para a atmosfera, especialmente nos momentos finais do game.

Infelizmente, o game peca na variedade tanto de armas quanto de inimigos. Na verdade, até há uma boa quantidade, mas que só é externada próximo ao final do game.

Durante, pelo menos, 65% do game o jogador enfrentará os mesmos inimigos, com as mesmas armas. (MP5, Shotgun, pistola, e Fuzl de Assalto)

Quando, finalmente, aparecem novos inimigos e novas armas já é tarde demais, o game está para acabar.

Isso deixou a experiência um tanto quanto cansativa, mas não comprometeu completamente. Ainda é um ótimo FPS com uma boa atmosfera, e um capricho técnico a frente do seu tempo, vale a gameplay.

Apesar de eu preferir jogos com gameplay predominantemente mais presente, To The Moon é uma exceção a esse meu critério tendo em vista o impacto que a história causa.

Ora, um jogo feito por pixel art, sem expressões faciais, sem sequer uma dublagem, e ainda conseguir me emocionar e passar uma mensagem relevante, tudo isso deve ser apreciado. O mero fato deste game funcionar já traz muitos méritos.

A trilha sonora, por mais repetitiva que seja, é facilmente uma das minhas favoritas em videogames, é impressionante o quão ela combina com a atmosfera que o game quer passar para o jogador.

Tirando um alivio cómico muitas vezes forçado pela dupla de doutores, e uma decisão narrativa prÓximo ao final que não concordo totalmente, certamente temos aqui uma obra de arte dos games.

Inscryption é aquele tipo de jogo tão diferenciado que acaba passando despercebido, em face do quanto ele destoa, a melhor, do padrão dos games atuais.

Dito isso, também é aquele tipo de jogo que quanto menos você souber, melhor. Pois o game subverte sua expectativa das formas mais brilhantes e imprevisíveis que eu já vi em um game.

Simplesmente, jogue a obra-prima que é Inscryption.

Um jogo que sabe usar a simplicidade da maneira correta, não poderia ser outra coisa se não uma obra prima. E isto é Portal.

Cuphead é aquele tipo de jogo que nunca vai envelhecer, seja por seu estilo artístico perfeitamente único, seja pela criatividade dos chefes.

Quanto ao desafio, é aquele típico de decorar os movimentos dos chefes e se adaptar a eles, não tem muito segredo, mas ainda é um desafio bastante satisfatório.

O pecado do jogo está na falta de variedade das fases, você tem as fases que eu apelidei de "terrestres" onde você joga com o personagem a pé contra os chefes, e algumas fases com o avião.

Ocorre que existem, também, as fases run and gun, aqui seu objetivo é ir da esquerda para direita enfrentando inimigos, e no final um mini chefe.

O problema é que toda fase run and gun é a mesma estrutura de mapa, não espere alguma verticalidade ou algo nesse sentido. Por mais que existam desafios a se lidar de modo distinto, a repetição da estrutura deixa o jogo cansativo em alguns momentos.

Faltou fases run and gun com o avião por exemplo, ou quem sabe fases aquáticas, inclusive nos chefes.

Outra coisa que me decepcionou foi o Boss Final, o dito Diabo. Dentre todos os bosses, ele é o único que não enxerguei criativo, considero ele genérico inclusive.

Isso porque seus movimentos são limitados a showoffs dele fazendo alguma careta ou movimento que simule o de um demônio, mas seus golpes e carteiradas são o que se vê em qualquer inimigo, inclusive bem previsíveis.

Por fim, Cuphead é um prato cheio de criatividade, diversão e um desafio considerável que rende uma gameplay maravilhosa e imperdível, ainda que não seja perfeito.

Não é um jogo ruim, eu diria que é um hack'n slash ok. Mas enquanto Devil May Cry, definitivamente a Ninja Theory não soube aplicar uma visão razoável desse universo.


Mesmo achando objetivamente superior ao Brotherhood, não há como negar que ele entrega bem menos.

Há bem menos personagens, bem menos tipos de atividades, bem menos novidades, se comparado aos games anteriores.

O mapa é o menor da trilogia, e pessoalmente o mais bonito, embora Roma e Veneza sejam mais marcantes devido ao impacto histórico.

O vilão é, de longe, o pior da trilogia, e me arrisco a dizer o pior da saga, e sua derrota chega a ser constrangedora. Suas motivações beiram ao infantil, daquele típico líder fracassado que quer provar seu valor, criando problemas para resolve-los de modo heroico, nada mais patético.

A título de comparação, o vilão que enfrentamos ao jogar com o Altair é bem mais impactante, parece que investiram pesado em criar o vilão dessa jornada, do que a jornada principal do game.

No entanto, falando das missões, há mais qualidade. As missão estão com mais personalidade, há uma camada dramática que instiga o jogador e continuar naquela aventura, algo que não senti no BH.

O final, em termos de narrativa, é excelente, uma finalização digna do melhor protagonista da franquia e melhor assassino. Temos o paralelo entre Altair e Ezio feito de modo exemplar, uma dinâmica temporal executada da maneira correta.

Contudo, em termos de produção ficou muito a desejar. Vários loadings entre as cena, várias telas pretas, me tiraram totalmente da imersão da narrativa.

Em síntese, Revelations entrega um final satisfatório para a trilogia Ezio, mas que poderia ser o melhor game da saga se oferecesse mais novidades, mais polimento . Uma oportunidade mal aproveitada pelos desenvolvedores.

Ciente de que se trata de um jogo datado em vários aspectos, esperava uma experiência satisfatória apenas para eu passar para o segundo jogo.

Todavia, recebo um jogo que supera vários jogos atuais em três aspectos que considero elementares: desafio; variedade; criatividade.

É impressionante o que esse jogo fez em 1998, desde as fases que entregam situações completamente inesperadas e criativas, até a IA dos inimigos; eles se comunicam, tentam te encurralar de maneiras diferentes; e o melhor, TUDO IN GAME.

Fazia muito tempo que eu não jogava um FPS que simplesmente te deixa livre para jogar da sua maneira, se atentando, é claro, aos limites mecânicos do jogo, mas jamais interrompendo ou limitando sua gameplay em função da história.

Aproveitando o ensejo, ouso dizer que Half-Life conta a história do modo "correto", isto é, na minha opinião, contar a história a partir do gameplay.

Aliás, a história me prendeu pois o jogo consegue trazer o jogador para dentro daquele universo, o fantástico Gordon Freeman, com sua quietude integral, representa bem o jogador e o faz participativo de tudo aquilo.

Zerei o game no Hard, e realmente eu senti que o desafio fez jus a dificuldade selecionada, é decisivo usar as armas sabiamente nos inimigos corretos, bem como explorar os cenários a fim de encontrar vida e outros recursos.

Os inimigos, como já mencionado, possuem uma IA evidentemente avançada para a época do game, todos com comportamentos diferentes e reagem a presença do jogador de diferentes formas também.

Enfim, apesar de algumas ressalvas quanto a bugs e outros aspectos datados, finalizo o game impressionado e completamente satisfeito, MASTERPIECE.


Um Hotline Miami piorado em todos os sentidos.
Por mais que algumas fases sejam satisfatórias de completar, a maior parte da gameplay é repetitiva com fases semelhantes demais.
O combate sofre de imprecisões que prejudicam o fluxo de gameplay. O game possui 3 chefes, eu só gostei de um e nem foi la grande coisa.
No fim, o game cansa rapidamente e eu só quis completar logo, zero vontade de pegar maior rank nas fases e zero vontade de coletar todas as máscaras.

O verdadeiro sucessor de Hotline Miami.
Game acerta em cheio no combate, são varias finalizações, golpes especificos para determinadas situações, uma variedade enorme de armas utilizáveis.
A trilha sonora é boa, não é perfeita como a do Hotline Miami mas funciona sim.
Game deixa a desejar no level design simplório, senti falta de mais camadas entre os cenários.
E por mais que o combate seja excelente e proporcione um bom fator replay, a dificuldade em certos levels é bem quebrada, onde a sorte vai ser o determinante para conseguir o Ranking mais alto e não sua habilidade.

No geral o game foi bem divertido e viciante para mim, faltou mais visão de level design e um equilibrio de dificuldade em certas fases, mas considerando que é um jogo feito por uma única pessoa, o saldo é positivo.

Funciona como uma demo, como jogo completo é um tremendo flop.

27horas de gameplay perdidas por conta de save corrompido, foi a gota d'água.

Se o jogo não tivesse desperdiçado o seu ótimo gameplay com missões secundarias tão terríveis, e arsenal com armas todas iguais, seria 10/10. Pois aqui há um diamante no que se refere a história, narrativa, lore, universo, trilha sonora e elenco de personagens.