Baldur's Gate 3 é, sem dúvida, a experiência definitiva em jogos de D&D. Com uma narrativa envolvente e repleta de conteúdo para os fãs de Forgotten Realms, o jogo oferece uma aventura verdadeiramente especial. Posso afirmar, com toda a sinceridade, que é uma das melhores experiências de todos os tempos. Além disso, suas qualidades gigantes no que diz respeito ao design do jogo permitem que o jogador se expresse da maneira que achar mais divertida, além de lidar com problemas de diversas maneiras diferentes. É uma raridade encontrar um jogo em que o jogador pense em uma solução para um desafio e ela seja realmente impossível de ser realizada.

Outro aspecto que merece destaque é a trilha sonora, que é um verdadeiro show à parte. Com diversas músicas marcantes, tenho certeza de que elas entrarão para a sua playlist de músicas do dia-a-dia. A combinação da narrativa envolvente, do design de jogo excepcional e da trilha sonora memorável faz de Baldur's Gate 3 uma experiência completa e inigualável.

No entanto, é importante mencionar que o jogo apresenta alguns problemas, principalmente no terceiro ato. Diversos bugs podem ser encontrados, o que pode prejudicar a imersão do jogador. Além disso, há conteúdos cortados que podem deixar a sensação de que a história perdeu tração, especialmente considerando o que acontece ao final do segundo ato. Isso cria um senso de que o restante da narrativa não é tão impactante quanto o que ocorre nesse ponto crucial do jogo.

Apesar dessas questões, é válido ressaltar que o último arco da história reserva muitas revelações importantes, embora acredite que a maioria delas seja mais apreciada pelos veteranos da franquia de Baldur's Gate. Essas revelações adicionam camadas de profundidade à trama, mas podem deixar os novatos um pouco confusos.

Por fim, é inegável que Baldur's Gate 3 irá redefinir os padrões para jogos de RPG por turno. Sua excelência em termos de design, narrativa e imersão servirá de inspiração para muitos outros jogos que tentarão alcançar suas diversas qualidades.

Em resumo, Baldur's Gate 3 é uma experiência imperdível para os fãs de D&D e para os amantes de jogos de RPG. Apesar dos problemas presentes no terceiro ato, sua narrativa envolvente, design de jogo excepcional e trilha sonora marcante garantem uma jornada inesquecível e repleta de momentos épicos.

Convergence: A league of legends story propõe uma aventura com Ekko, um garoto prodígio que tem habilidades de controlar o tempo e recebe a visita do seu eu do futuro para poder impedir uma calamidade na sua tão amada cidade, Zaun. O jogo se trata de um metroidvania com gráficos estilizados como uma HQ e seu principal diferencia é sua mecânica de retroceder no tempo. Com isso, podemos ver por uma nova perspectiva uma das regiões de runeterra, conhecendo alguns de seus muitos personagens característicos.

Apesar de tudo, o jogo é em quase todas suas competências medíocre. Há pouca variação de inimigos, áreas lineares com pouco incentivo a exploração e o combate é muito apoiado em dinâmicas de bullet hell, o que pessoalmente não me agrada muito. As habilidades desbloqueadas são de uso satisfatório porém o mapeamento original delas não é muito bom, levando a muitas vezes a usar a habilidade errada. Falta um ajuste fino para que tudo flua corretamente, com algumas falhas no controle, principalmente usando os controles digitais. Um ponto interessante é o ajuste de dificuldade, onde você pode customizar vários aspectos para ajustar a jogatina para a forma que melhor agradar o seu estilo de jogo, podendo alterar valores relacionado ao combate, aos recursos do Ekko e os desafios de plataforma, algo que nunca tinha visto ainda. A narrativa é simples e não apresenta pontos altos significativos mas que não há grandes problemas também, servido só como um pano de fundo para a aventura, apesar de sentir que tinha a expectativa de fazer algo além, assim como a trilha sonora que agrada mas não marca.

Resumindo, o jogo tem ideias interessantes mas falta um polimento para se tornar uma experiência realmente especial, formando no fim um produto mediano que não configurará como uma grande lembrança no consciente coletivo dos gamers do mundo.

Bloodstained: Curse of the moon é uma ode aos clássicos castlevanias, mais expecialmente o 3. Com multiplos personagens, opções de finais e desafios para agradar qualquer fã desse estilo de jogo. Sua arte inspirada por jogos do nintendinho clássico representa muito bem os personagens e inimigos, sendo bem agradável mesmo com elementos antigos como uma palheta de cores limitas.

A história é simples e não traz conexões com sua outra contra-parte, o ritual of the night, sendo nesse aspecto muito mais como um universo alternativo do que uma prequela ou sequência. Também relacionado ao outro jogo, é muito divertido ver as versões em 8-bit das coisas que se encontram nas duas versões, criando um contraste que muito agrada.

A dificuldade é algo extremamente presente, principalmente por características herdadas de suas origens em classicvanias, como os inimigos darem knock-back e a quantidade limitadas de vidas. Contudo, o jogo também apresenta opção de jogatina casual sem esses elementos , proporcionando uma aventura mais facilitada para aqueles que não buscam algo maçante e repetitivo para os menos habilidosos.

Com tudo isso, podemos resumir essa experiência como uma boa lembrança do passado com algumas novidades, trazendo inimigos desafiadores, história instigante mesmo em sua simplicidade e trilha sonora marcante. É um ótimo jogo para uma jogatina rápida e para fãs do estilo e para aqueles que querem adentrar a esse estilo de game.

Tears of the kingdom é a prova cabal que às vezes menos é mais. Apesar de sua evolução em relação ao título anterior da franquia, TOTK peca pelo excesso, dando tanta liberdade durante a resolução de desafios que em certos momentos o jogo chega a deixa de ser desafiador. Outro fator que me desagrada é como a história, apesar de muito boa, se tão autocontida e com poucas consequências ou conexões com outros títulos, fazendo valer mais de referências do que uma narrativa conectada.

É um jogo incrível, mas sinto que seu antecessor aguçava mais a criatividade nos desafios pela escassez de ferramentas e a narrativa mais minimalista.

- Historia interessante, mas tem muitos momentos aleatórios que não tem muita conexão e muitas partes que alongam sem necessidade;
- Combate divertido mas com pouca variação e opções como os jogos anteriores;
- Poucos minigames e os dois principais (cabatet e construction) são muito longos. Cabaret é divertido, apesar da mecânica de encontros com as hostess de platina ficarem chatas com o tempo. O de construção do majima é terrível e tedioso;
- Trilha sonora muito boa, apesar de poucas musicas diferentes;
- Explorar kabukichou e sontenbori é extremamente divertido e realmente transmite o sentimento de ser um local;
- Poucas substories interessantes;
- No geral, apresenta qualidades gerais de todos yakuzas, como personagens icônicos, história dramática e excêntrica, conteúdo secundário abundante e combate frenético. Contudo, carrega também os defeitos, como longas cutscenes que muitas vezes não acrescentam no total da história, muito conteúdo mas alguns sendo bem questionáveis e uma grande dissonância narrativa entre gameplay e história.

- Grande dissonância ludo narrativa;
- Gráficos bons dada a época e envelheceram muito bem;
- Armas criativas;
- Lento, morrer nele é extremamente frustrante e quebra o ritmo da jogatina;
- Mecânica de desmembramento interessante, porém se apoiar em um valor de “dano” acaba tornando um gimmick barato.;
- Trilha sonora compre seu papel mas não apresenta nada marcante ou inovador;
- Trama confusa e personagens sem carisma.
- Partes de gravidade 0 são terríveis;
- “Árvore de talento” péssima, está ali só por estar. Muitos upgrades são totalmente inúteis;
- Mecânica de oxigênio não traz desafio. Momento algum senti dificuldade ou pressionado a controlar o ar;
- Momento algum você se sente poderoso, o que não é necessariamente um problema, mas acaba tornando combates obrigatórios conflitantes com a ideia;
- Alguns aspectos envelheceram mal, como a impossibilidade de pular cenas, checkpoints incertos.
- Grande inspiração em RE4, porém mais frenético e cenários repetitivos.
- Necromorfo “mãe” é extremamente desbalanceado e frustrante;
- Alguns puzzles e desafios não ficam claros quanto ao que deve ser feito;
- HUD sensacional. De longe o ponto mais incrível do jogo e mais empresas deveriam seguir o exemplo da HUD imersiva.

GTA 4 foi um grande avanço na série, trazendo grandes inovações técnicas ao famoso jogo de roubo de carros da rockstar. Porém, esse avanço não veio sem seus custos, ainda mais considerando a época de lançamento.
Ambientado em uma versão fictícia de NY, Liberty City, GTA 4 conta a historia de Nico Bellic, um imigrante Eslavo que influenciado pelo seu primo foi tentar a vida nos Estados Unidos, em busca do famoso sonho americano, um dos temas centrais da obra, e por vingança, objetivo revelado um pouco mais a frente na trama. Nessa premissa, Nico se envolve cada vez mais com criminosos, máfias e nas intrigas do submundo de Liberty City.

Analisando a historia, ela possui muitos temas interessantes e ainda muito atual, abordando a vida imigrante e diversas culturas por todo seu percurso. É muito interessante ver os personagens se relacionando e se conhecendo mesmo tendo origens completamente distintas. Contudo, a proposta acaba sendo muito mais interessante que a execução de fato, pois em momento algum a trama se leva a sério, grande parte por conta do seus estereótipos e personagens caricatos. Até em momentos de tensão e picos dramáticos existe algo para te tirar da trama com algo escrachado.

A jogabilidade em si é ótima, trazendo controles realistas e divertidos, trazendo melhorias necessárias para torna-lo mais moderno e aquém aos padrões da época, contudo entendo que alguns pontos poderiam ter sido simplificados para torna-los mais agradáveis. Apesar das melhorias técnicas, tanto em gráficos quanto em jogabilidade, o game acabou pecando muito no quesito criativo, com missões maçantes e repetitivas, personagens caricatos, customização pífia e pouca coisa a fazer com o dinheiro que ganhamos durante a jogatina.

Por fim, principalmente considerando o seu antecessor, GTA 4 foi um grande salto tecnológico e de adequações aos jogos de sua época, trazendo uma trama mais madura e com temas mais humanos, porém pecou em questões de tornar as missões mais variadas e divertidas e uma dissonância entre a seriedade do roteiro com as galhofas dos personagens e de suas motivações que transparecem pouca importância. E apesar de tudo, criaram um protagonista ótimo, sendo o ponto positivo principal.

2017

Prey é um immersive sim muito competente, recheado de boas ideias e mecânicas divertidas, mas sendo aquele exemplo de jogo que é ótimo mas não clica muito comigo como jogador.
Falando inicialmente dos pontos positivos, ele conta com uma das propostas de jogo mais interessantes que joguei recentemente, apresentando uma história espacial com fortes elementos de ficção cientifica, formando junto com a história uma sólida fundação para o jogo, sendo contada além dos momentos expositivos por textos e por narrativa no ambiente, contando com uma história extremamente interessante e cheia de reviravoltas.

Os gráficos, apesar de bem agradáveis, não são o ponto mais forte do jogo. A direção artística e gráficos dos ambientes são muito bem feitas, assim como os equipamentos e conceito das tecnologias apresentadas no jogo. Contudo, os outros aspectos são bem falhos, como personagens que tem expressões faciais fracas e a ideia da aparência dos Typhons, apesar de ser muito condizente com toda a historia, acredito ter sido muito genérico, chegando um momento que os tornam extremamente sem graça.

Ainda continuando falando dos personagens, não chegam a ser ruins, mas na maior parte da aventura eles não são parte ativa nela. Por conta da estrutura do jogo, a maior parte dos personagens estão desde o começo mortos, então o que você conhece deles são seus conflitos passados através dos arquivos de áudio e emails, o que dá muita a vida a historia da Talos I, mesmo estando cheia de defuntos. Talvez se tivesse um pouco mais de interação com os sobreviventes, seria mais divertido ao meu gosto pessoal.
Agora, o ponto que realmente me perdeu foi um aspecto da gameplay: Ela é precisa, com armas e poderes extremamente criativos, apresentando um mapa divertido e instigante de explorar. Contudo, sinto que mesmo ele sendo um immersive sim, algumas decisões tornaram ele muito “quadrado”. Você não sente que suas decisões de gameplay são recompensadas, sentido que você tem que se adaptar as circunstâncias mesmo que elas vão totalmente ao contrário do que decidiu na construção do personagem. Por exemplo, se você criou seu personagem para uma gameplay mais voltada para entrar e sair atirando, em momento nenhum você sente que você é bom nesse aspecto. Outro ponto relacionado a isso é como você sempre está em falta de recursos, mesmo investindo recursos em habilidades que deveria contornar esses problemas.

Por fim, a trilha sonora, que é legal e interessante, mas não há nada EXTREMAMENTE marcante ou que me vejo ouvindo além do jogo, sendo uma exceção a musica do Yellow Tullip.

No fim, reitero que o jogo é ótimo e provavelmente vai ser muito mais quisto por outras pessoas, mas alguns elementos dele realmente não caíram bem com meu gosto e estilo de jogador, me impedindo de gostar mais e conclui-lo.

Resident Evil 3 é um jogo que recebeu notas variadas em seus aspectos técnicos. Em termos de gráfico e proposta, o jogo é excelente, com uma apresentação visual impressionante e uma trama política bem construída. A trilha sonora também é notável, contribuindo para a atmosfera tensa do jogo.

No entanto, o gameplay, level design e personagens deixam a desejar. O jogo é mais focado em ação do que em survival horror, dando recursos abundantes para enfrentar todos os desafios sem precisar racionar munições ou itens de cura. Isso torna a experiência menos desafiadora e até um pouco monótona.

Além disso, o antagonista Nemesis não é tão impactante quanto o Tirano ou o vírus G, e sua perseguição acaba sendo mais como um Quick Time Event (QTE) do que uma tensão real. Apesar da adição da esquiva, que foi uma boa ideia, em alguns momentos ela não é confiável e para inimigos mais fracos, acaba tornando o racionamento de recursos irrelevante.

O level design também é simplificado, com poucos puzzles e menos necessidade de estratégia para se mover de um lugar para outro. Isso torna a aventura mais linear e menos interessante.

No entanto, uma mudança significativa em relação ao RE2 é a história envolvente e a exploração dos personagens. A trama é política e crítica ao capitalismo, explorando traumas, perseguição e até onde a Umbrella Corporation foi para se manter longe da culpa dos incidentes em Raccoon City. Os personagens são bem explorados e adicionam camadas à história, tornando-a mais interessante e envolvente.

Infelizmente, o jogo foi claramente feito às pressas, com erros de continuidade, falta de modos extras e reaproveitamento de assets. Além disso, o sistema de vida é confuso e as facas e itens secundários são negligenciados.

Apesar de seus altos e baixos, Resident Evil 3 ainda é um jogo que vale a pena jogar. A revisita breve à delegacia de polícia do RE2 é uma grata surpresa, demonstrando o quanto esse local se tornou emblemático para a série.

Resident Evil 2 é um jogo que proporciona uma experiência muito satisfatória para os fãs de jogos de terror e sobrevivência. O jogo possui gráficos impressionantes, com uma atenção aos detalhes incrível, fazendo com que cada cenário se torne mais vivo e assustador. O level design também é muito bem feito, oferecendo uma variedade de ambientes para o jogador explorar, sempre com um alto nível de realismo. Os gráficos são impressionantes e mesmo em baixa qualidade ainda são muito bons, o que é um ponto positivo para jogadores que possuem hardware mais modesto.

A história do jogo, apesar de não ser o ponto mais forte, ainda assim é interessante e consegue prender a atenção do jogador. O tempo de jogo é perfeito, com uma duração adequada para não enjoar, mas também não é tão curto a ponto de ser decepcionante. A trilha sonora, no entanto, não é tão forte quanto outros aspectos do jogo.

O gameplay é uma mistura de ação e terror, não sendo tão focado no terror quanto outros jogos do gênero, mas ainda assim oferece bons momentos de susto. O jogo também dá boas maneiras de se defender, o que torna a experiência mais equilibrada e menos frustrante. A dificuldade é apropriada, não sendo fácil demais nem impossível de completar. Uma das melhores partes do gameplay é a mecânica de "leva e traz", que torna a exploração dos cenários muito agradável. Mr. X, um inimigo que segue o jogador por todo o jogo, dá um twist muito bom na gameplay, tornando a experiência ainda mais tensa e emocionante.

O desempenho do jogo é extremamente bem feito, não apresentando lentidões ou quedas de frame, o que é um ponto importante para a imersão na história. O jogo é muito bem otimizado para rodar em vários tipos de hardware. Isso é uma vantagem para jogadores que possuem computadores menos potentes ou consoles mais antigos.

Em resumo, Resident Evil 2 é um jogo muito bem desenvolvido e completo, com gráficos impressionantes, level design excelente e jogabilidade equilibrada. A história é interessante o suficiente para manter o jogador preso, e o tempo de jogo é perfeito, com uma duração adequada. O desempenho do jogo é extremamente bem feito, e a mecânica de "leva e traz" é muito agradável. O inimigo Mr. X dá um twist muito bom na gameplay, tornando a experiência ainda mais tensa e emocionante. O único ponto fraco é a trilha sonora, que não é tão forte quanto outros aspectos do jogo.

Wo Long: Fallen Dynasty é um jogo que apresenta uma proposta interessante, prometendo uma experiência imersiva em um mundo de fantasia. No entanto, a minha experiência com o jogo ficou aquém do esperado, e isso se deve a diversos fatores.

Começando pelo gameplay, no início, ele se mostrou satisfatório e promissor. Os controles do personagem são precisos e responsivos, e as habilidades são divertidas de usar. No entanto, ao longo do jogo, a repetitividade dos inimigos e das missões tornaram a jogabilidade enfadonha e monótona. A falta de variedade de desafios e a falta de novas mecânicas ao longo do jogo, tornaram a experiência pouco estimulante. O jogo acaba se tornando uma série de combates e missões que parecem se repetir, sem oferecer muitas novidades ao jogador.

A trilha sonora é outro ponto que acabou prejudicando a minha experiência de jogo. Embora a música seja bem produzida, ela não conseguiu manter o clima do jogo e acabou se tornando repetitiva e cansativa. As músicas não contribuíram para a criação de uma atmosfera imersiva e em muitos momentos, pareciam estar apenas preenchendo o silêncio.

A história é outro aspecto que acabou me decepcionando. Embora a proposta do jogo seja interessante, tendo como pano de fundo um mundo de fantasia com um enredo que envolve uma guerra entre clãs rivais, a história não conseguiu me prender e os personagens não foram bem desenvolvidos. As motivações dos personagens não foram bem estabelecidas e suas personalidades foram pouco exploradas, dificultando a identificação e empatia com eles.

Os gráficos são decentes, mas não são impressionantes. Os cenários e os personagens são bem desenhados, mas a falta de detalhes e de elementos visuais que estimulem a imaginação do jogador, tornam o jogo pouco envolvente.

Infelizmente, acabei abandonando o jogo na metade, por volta do 4º capítulo, por conta desses problemas. A repetitividade do gameplay, a falta de variedade de desafios, a trilha sonora pouco inspiradora, a história pouco envolvente e personagens pouco desenvolvidos, foram fatores determinantes para a minha decisão de não concluir o jogo.

Em resumo, Wo Long: Fallen Dynasty tinha um grande potencial para oferecer uma experiência imersiva em um mundo de fantasia, mas acabou sendo prejudicado por diversos problemas. Embora o jogo tenha seus pontos positivos, a repetitividade do gameplay, a falta de variedade de desafios, a trilha sonora pouco inspiradora, a história pouco envolvente e personagens pouco desenvolvidos, acabaram tornando a minha experiência de jogo desinteressante e pouco cativante. Se você é um fã de jogos de ação e aventura, convém pensar duas vezes antes de investir seu tempo neste título.

Zelda é uma franquia que despensa apresentações e Twilight Princess não é exceção a fórmula dos Zeldas 3d clássicos. Em muitos quesitos, é o mais semelhante ao ocarina of time, tanto pelo tom, mapa, história, ciclo de gameplay e formato das dungeons e gadgets, mas ainda assim apresentando algumas novidades no combate com as técnicas secretas e diferentes formas dos ataques básicos. Tendo isso em mente, considero este o pior Zelda 3d dos que joguei por inumeros motivos e realmente é um game que não envelheceu tão bem quanto seus irmãos mais novos e muitas questões se dão por decisões má fundadas.

1º A uma lentidão no ritmo do jogo que não deveria ocorrer: Movimento do jogador, limitação da epona, não há botão de corrida e a constante limitação da transformação do Link em lobo, parecendo mais um filler do que uma parte realmente integrante do conjunto do jogo, quebrando muitas vezes o ritmo do jogo, parecendo só uma parte chata antes de voltar pro ciclo de gameplay tradicional.

2º ponto é em relação aos personagens e vida em Hyrule. Enquanto em Oot, MM e até WW há muito mais interação e personagens interessantes, nesse parece um mundo morto, sem graça e sem vida, tanto pela falta de interação quanto pelo estilo e paleta de cores escolhida. Todas as cores parecem lavadas e sem contraste. Midna é a melhor coisa do jogo, mas até ela mesmo é fraca. Devo ter jogado até metade do jogo aproximadamente e literalmente nenhum personagem demonstrou algo interessante. Talvez o mais próximo disso foi o Colin, mas ainda assim foi bem apagado. O Vilão é extremamente fraco, sem personalidade e com design pífio, sendo totalmente esquecível. Provavelmente deve desenvolver mais ao decorrer do jogo, mas você luta contra ele sem nem ao menos ter uma grande motivação.

3º Desafios. Ou melhor, a falta deles. O jogo parece ter como objetivo alcançar pessoas que nunca jogaram algo na vida, pois não há literalmente momento algum que você é desafiado e o jogo trava muito sua experiência com interações sem sentido e tutoriais extensos.

No fim, o jogo acaba sofrendo muito por uma crise de identidade, tentando buscar coisas dos antigos jogos mas pecando em criar uma identidade boa para si, sendo que muito dos problemas desse jogo já tinha sido aprimorados em jogos passados, como o pacing e velocidade geral apresentados em MM, as cores vibrantes de WW e os momentos marcantes. Outro ponto: Esse é o link MENOS EXPRESSIVO DE TODOS. ELE PASSA O JOGO INTEIRO COM AQUELE SORRISO IDIOTA! Pra que focar nele em cgs se é para deixar ele tão apático? Outra: a ferocidade demostrada na forma de lobo, considerando que o Link tem total controle nessa forma, não faz sentido algum, tendo em vista que ele nunca mostra esse lado como Humano, nem parecem os mesmos personagens.

Enfim, decepção.

2022

Tunic é um jogo que pode ser dividido em duas partes: A primeira baseada nos Zeldas 2ds, especialmente Zelda I do nintendinho, com elementos souls-like. A segunda, em puzzles, ARGs e sofrimento. Ele apresenta uma mecânica de manual em que você encontra páginas pelo mapa e cada página tem uma informação num formato muito semelhante aos manuais antigos num alfabeto inteiramente próprio, evocando uma nostalgia dessa sensação de desconhecimento da lingua presente no manual e exigindo do jogador certa intuição para entender as informações do jogo.

Em questões gráficas e sonoras, Tunic apresenta uma direção artística primorosa, utilizando de gráficos low poly de forma incrível e musicas e efeitos sonoros que transmitem suas emoções e intenções muito bem, indicando até coisas futuras, como por exemplo o som e animação das celulas de energia que o jogador ativa durante a jogatina que evoca o sentimento de que algo ali não está certo, se provando verdade no futuro da historia.

Falando em história, a desse game também busca muitos elementos de inspiração na narrativa dos jogos da from software com uma historia de narrativa não intrusiva mas ainda assim apresentando diversas subversões nos conceitos pre estabelecidos e tropos famosos dos games.

A jogabilidade é bem semelhante a de jogos de aventura 2d com câmera aérea/isométrica com trava de câmera, novamente remetendo a suas inspirações e apresentando uma diversidade de itens interessante, porém pequena ao meu gosto. Outro fator interessante é a forma que o mapa é construído, existindo diversos caminhos secretos, atalhos e segredo.

Mesmo tendo diversos elementos que adoro e sua execução ser extremamente bem feita e bem polida, a segunda parte do game, mais focada em puzzles, acabou sendo desapontante. A segunda metade do jogo se baseia fortemente em elementos de puzzle que, a primeira vista são extremamente divertidos e a cada momento que o jogador descobre uma nova mecânica, que já estava disponível desde o inicio do jogo mas em determinado momento, seja por uma página do manual ou compartilhando informações com algum amigo, garante uma emoção de descoberta muito grande. Contudo, chega em determinado momento que os puzzles se tornam extremamente complexos, dando um tom de jogo muito mais voltado aos elementos de resolução de enigmas. Isso não seria um problema normalmente, mas vejo que isso cria uma dissonância entre os estilos de jogo, pois a resolução desses enigmas são somente pelo prazer de resolve-los, não garantindo nada que reflita na gameplay vantagens, poderes ou novas mecânicas para diferenciar ou aprimorar a jogabilidade. Todos elementos que refletem a jogabilidade não estão escondidos atrás desses enigmas mais trabalhosos, tornando-os, em minha opinião, de menor valor. Claro, aqueles que gostam desse tipo de ciclo de gameplay de resolução de mistérios pela resolução de mistérios, vai ter disponível centenas de horas de diversão, mas do contrário será extremamente frustrante pela relação de dificuldade x recompensa que esses elementos trazem.

Em resumo diria que é um grande game para amantes de puzzles, mas pode não agradar aqueles que preferem que isso tenha recompensas que refletem no jogo em si.

No geral, Road 96 é um jogo que tem seus altos e baixos. A premissa é interessante e há elementos que funcionam bem, como a trilha sonora. No entanto, a execução poderia ter sido mais cuidadosa, para que o jogo fosse mais envolvente e menos repetitivo. Se você é fã de jogos com histórias envolventes e não se importa com um gameplay mais limitado, Road 96 pode ser uma boa opção. Caso contrário, talvez seja melhor procurar outro título.

Uma grata surpresa e tem diversos pontos positivos. Os gráficos são extremamente agradáveis, o combate é fluído e a história, apesar de bobinha, é cheia de personalidade. O único ponto que me desagradou foi a mecânica musical. É uma das mais agradáveis que já joguei, mas acaba se tornando repetitivo o ciclo de gameplay.