The Quarry é legal. Não vai muito além disso. Mas colocando os filtros de imagem da edição deluxe e jogando como assistindo a um filme dos anos 80, é possível de divertir sem muitos problemas.

As Dusk Falls é um ótimo jogo não só para quem é gamer, mas também para aqueles que gostam de uma boa história dramática digna de filmes/seriados. A narrativa, que faz saltos temporais, não é confusa e você realmente sente o impacto das suas escolhas. A trilha sonora e a sonoplastia também aumentam a atmosfera de tensão do jogo. Os personagens não são superficiais e entender os motivos de suas presenças na história pode trazer boas surpresas. O gráfico é muito bonito (como se fosse um amontoado de pinturas) e um dos supervisores considera o jogo como uma "graphic novel cinemática". Tais slides podem incomodar, mas, particularmente, eu acostumei rápido. As Dusk Falls será jogado não só por mim: colocarei amigos e até minha mãe para usufruir disso aqui.

Mesmo sendo de 2007, Portal ainda consegue ter puzzles bem legais e uma ambientação que pode ser facilmente um nível das Backrooms.

Apesar de ser em primeira pessoa e ter bons cenários, a atmosfera não é tão assustadora como deveria, os inimigos não são grotescos e o visual deles é quase cômico (lembrei bastante do Venom do Tom Hardy). O jogo é realmente bom na casa (à la "The Texas Chainsaw Massacre") e no navio (à la Silent Hill). Há sequências difíceis, o puzzle do Lucas é incrível (Lucas em si é o melhor personagem pela sua personalidade doentia e pelos momentos de Jigsaw) e jogar o extra "21" é divertido demais. Não vou me estender mais para dizer que o jogo tem seus momentos, mas não é - nem de longe - Resident Evil.

Dead Space 2 é uma sequência que está no mesmo nível que seu antecessor. Um excelente survival horror que mantém a essência do original e aumenta a atmosfera futurista e sombria - sem falar na violência somada à sonoplastia dos ataques. Felizmente o Isaac está bem mais "leve" em suas movimentações e agora ele consegue falar (o que dá mais vida ao personagem)! Os momentos que rementem ao primeiro jogo são gratificantes demais e a menção direta a Lovecraft (com um personagem chamado Howard Phillips) esquentou meu coração.

Joguei Dead Space pela primeira vez e, mesmo sendo lançado em 2008, é um dos melhores survival horrors. A atmosfera futurista e sombria e a violência com que você pode se defender dos Necromorphs são gratificantes demais. Não preciso citar o excelente trabalho de sonoplastia desse jogo. Em alguns momentos, o Isaac é bem "pesado" e a fluidez das movimentações fica meio travada, mas consegui me acostumar depois de um tempo. E as inspirações de "Alien" são sempre bem-vindas.

2022

Meow.

História simplesmente absurda. Gráficos maravilhosos. Ambientação cyberpunk perfeita. Sonoplastia imersiva e cativante. Sensações de conforto e perigo na mesma medida. Stray é tudo isso e mais um pouco.

Henry Townshend, na minha opinião, é o segundo melhor protagonista da franquia (atrás apenas do James Sunderland) e a "inovação" ao se passar em um apartamento me deixou mais encantado pela imersão que a ambientação proporcionada pelo jogo anterior. Mas há muitos pontos chatos - principalmente se tratando de inimigos - e a maioria dos puzzles são preguiçosos.

Sem as conexões com outros jogos, Silent Hill 3 provavelmente não teria a força que obteve ao longo dos anos. Entre os quatro jogos do Team Silent, o terceiro é o que menos me interessei, pois não é a ambientação o principal fator para eu amar Silent Hill, mas o contexto psicológico e sombrio.

In my restless dreams, I see that town. Silent Hill.

Até o momento (01/04/2024 e digitando com 26 anos), nenhum jogo conseguiu superar tudo que senti ao jogar Silent Hill 2. Se o Team Silent provou sua capacidade com o primeiro jogo, esse segundo título cravou em mármore o que é e como um survival horror deve ser lançado. Perfeito do início ao fim e apresenta um protagonista mais que inesquecível e repleto de camadas: James Sunderland.

Team Silent revolucionou muitas coisas com esse início de franquia e a atmosfera do primeiro é absurdamente sombria. Explorar a cidade com aquela névoa, a interferência, os ruídos e os monstros que aparecem elevam a tensão a cada passo dado. E estamos falando de um jogo de 1999. Surreal.

The Evil Within é uma mistura de Resident Evil com Silent Hill. Talvez essa seja a melhor sinopse e descrição que possa ser dada sem entregar muitos spoilers do game. Demorei um pouco para me acostumar com a câmera (tive que alterar a sensibilidade inúmeras vezes) e me deparei com vários glitches de textura e alguns bugs. Tais pontos negativos me fizeram morrer por besteira algumas vezes, então fiquei incomodado nesse sentido. Algo que vale ser citado é que algumas vezes cheguei a ficar cara a cara com algum inimigo e ele não me via! Porém, a atmosfera criada em cada capítulo e a trilha sonora são um espetáculo à parte. A história em si é um puzzle que vai sendo montado no decorrer da história, mas consegui montar boa parte das peças antes do meio - e o final foi apenas para confirmar certas pontas soltas que não respondi sozinho. Os bosses são bons, mas os destaques são para a Spider Lady, Light Woman e, sem dúvidas, The Keeper. As histórias das DLCs complementam o universo: The Assignment e The Consequence são sobre a Kidman (uma mescla com a outra) e são bem interessantes de serem jogadas, pois acrescentam um novo ponto de vista na trama do jogo base. The Executioner é sobre o The Keeper e quem ele realmente é. É nessa DLC que você confirma 100% (se já não havia) que ele é o Pyramid Head de The Evil Within. Resumindo: The Evil Within tem probleminhas aqui e ali, mas é um survival horror que merece ser jogado ainda hoje.

Outlast 2 é mais longo que seu antecessor, mas não consegue causar o mesmo impacto. Na continuação, há mais exploração de ambientes e de personagens, mas os antagonistas do primeiro são bem mais amedrontadores. Não gostei de incluir a história entre Blake e Jessica na mesma narrativa de Blake e Lynn: poderia ter sido feita uma DLC com esse "passado" do Blake (assim como "Whistleblower" no primeiro jogo). Há gore e insanidade também, talvez até mais que no primeiro, porém a história em si não é tão inovadora assim. Quem gostou do primeiro/Whistleblower, vai gostar do segundo também.

Sim, há um downgrade em relação a o que poderia ter sido feito ou melhorado do remake do 2 para esse aqui, mas as críticas - ao menos as que achei válidas - são comparando o de 2020 ao Resident Evil 3: Nemesis (1999). Não tive ainda a experiência com a obra de 1999, porém consegui sentir uma certa inferioridade para com o remake do segundo. É curto e direto, mas as conexões com o primeiro e o segundo são bem interessantes; Jill e Carlos são ótimos protagonistas e Nemesis tem seu peso como antagonista no início, mas depois fica mais do mesmo (Mr. X acaba sendo muito superior). Mesmo assim, levando em consideração que não joguei o Nemesis, aproveitei bastante a gameplay desse aqui.

Agora pude entender por que Outlast fez tanto sucesso e continua com o título de um dos melhores jogos do subgênero. A ambientação e o cenário são muito bem construídos e conseguem te causar perigo e claustrofobia, principalmente pelo fato de você ser "obrigado" a utilizar a câmera para entender o que seu personagem está pensando (porque ele faz notas, visto que não fala). E, como se não bastasse, a bateria no modo noturno da câmera acaba rapidamente - aumentando mais ainda o temor e fazendo com que você tente controlar o uso do modo noturno. Os itens que você pode pegar (documentos, baterias e itens específicos dos objetivos) ficam iluminados e piscando e são melhores vistos sem a câmera. Você pode andar, correr, espreitar, agachar, ficar escondido, mas não pode atacar, e isso deixa a experiência mais sinistra ainda. Os inimigos são bem bizarros e interessantes e você pode conhecê-los através dos documentos do Mount Massive Asylum. A trilha sonora também é sua inimiga, porque ela aumenta demais a tensão das cenas e perseguições. A história em si é muito boa, se destacando por não ser apenas um jogo para "jumpscare". Mas o final pode dividir opiniões. A DLC Whistleblower consegue ter tudo que foi citado anteriormente e um perseguidor mais sinistro que o Chris Walker do jogo base: Eddie Gluskin. Deparei-me com alguns glitches e alguns bugs, mas foram pouquíssimas vezes e não atrapalharam a gameplay.