Hi-Fi Rush é aquele jogo que todo mundo recomenda jogar e você fica receoso, tendo em vista que, de fora, não se da nada por ele, mas é só experimentar por uma hora que fica fácil entender a comoção.

Tudo no jogo funciona muito bem.

O gameplay é o famoso "simples e viciante". A sacada de tudo no game fluir através de música diferencia bastante o jogo de qualquer outro; é prazeroso jogar algo criativo e inovador assim. É muito recompensador o esforço para que todos os cliques saiam conforme a música, você realmente se sente em sincronia com todo o pulso do jogo. As diversas formas como o jogo apresenta o combate e a travessia - excelentes, por sinal, como por exemplo a sequência de blocks - também agregam bastante para a experiência não ficar monótona.

A história, embora previsível - quem não percebeu que Peppermint não tinha alguma relação de parentesco com os Vanderley em razão do cabelo ser idêntico? - me prendeu do início ao fim, deu até pra dar uma emocionada leve no final.

Agora a melhor parte disparada: os personagens. Fazia muito tempo que não ria de um personagem como ri com o Chai, o jeito como ele encara cada situação é engraçada demais - "i'm gonna REASON with him" me deu uma severa crise de risos. Peppermint e todos os demais membros do grupo são extremamente carísmáticos, especialmente 808 e CNMN. O grupo funciona muito bem junto, seja na interação com o combate, no aspecto cômico ou no emocional.

Em resumo: não deixe a aparência do jogo enganar, pelo menos testem Hi-Fi Rush, se gostarem do estilo terão pela frente diversas horas de pura diverção.

Lies of P é um soulslike que não disfarça os elementos copiados de Dark Souls. Dos elementos de gameplay ao world design, é tudo bem parecido, entretanto, ao mesmo tempo é único.

O estilo de jogo funciona muito bem no mundo criado para Lies of P, a história é interessante, embora os personagens não sejam muito cativantes.

A progressão da história é completamente linear, o que eu não gosto muito em soulslike, entretanto, é muito mais fácil compreende-la em comparação aos originais From. A história não é escondida na descrição de itens, mas sim contada de fato pelos personagems, o que eu vejo como vantagem.

Os inimigos são muito interessantes de enfrentar; menção especial ao títere que imita os movimentos de um lutador de boxe, achei muito legal. Os bosses poderiam ser mais desafiadores e marcantes, tive dificuldade real somente na Laxasia.

O gameplay, entretanto, é onde o jogo brilha - e sendo um soulslike, é o que mais importa. Diversos pontos positivos podem ser ressaltados:

- Combate fluído e bem responsivo, com movesets das armas bem divertidos;
- Leveling e upgrade de armas satisfatório;
- O braço de legião confere diversos movimentos interessantes e variação de gameplay, assim como os poderes das fábulas;
- O sistema de quartzo possibilita ao player que adote os buffs que melhor se adeque ao seu estilo de jogo;
- O sistema de montagem e desmontagem de armas é um diferencial legal;
- Existem diversos utilitários customizáveis no jogo para auxiliar no gameplay da forma que o player preferir, como rebolos especiais e cubo com pedras dos desejos.

Por outro lado, alguns poucos pontos negativos existem, sendo eles: a) não lidaram bem com o peso do personagem, muitos amuletos pesam mais que armas, e é quase impossível jogar com o peso "baixo", pois ficar abaixo de 30% do peso é quase impossível; b) existem pouquíssimas armas de avanço no jogo, o que prejudica quem foca nessa build.


Jogo padrão souls.

Existem algumas diferenças entre Bloodborne e Dark Souls, umas que eu gostei e outras que não. Abaixo as principais:

Positivas:
- Ambientação e level design: dispensa comentários, Yharnam é perfeitamente construída;
- Temática determinada e focada, sem expandir demais, o que reflete bem na lógica dos inimigos, tem um motivo para cada um estar daquela forma;
- Gameplay mais rápido: o combate é mais rápido e demanda mais atenção do player;
- Lifesteal: a mecânica do lifesteal contribui para a velocidade do gameplay, incentivando um gameplay mais agressivo;
- Armas de fogo: a existência de fogo confere um ar inovador no combate - a interação das armas com o parry também é bem legal.

Negativas:
- Pouquíssima variedade de armas e loot para se encontrar, o que prejudica um pouco a experiência RPG - no jogo normal, sem contar a DLC, são pouquíssimas as armas para se usar, o gameplay acaba ficando repetitivo - nem mesmo as runas e as gemas salvam a pequena variedade de armas, uma vez que acabam as mesmas ficando equipadas por muito tempo, por serem muito mais fortes que as demais - esse ponto pra mim é muito determinando, uma vez que encontrar itens legais e diferentes pelo mapa é uma das melhores partes de um RPG;
- Não é tão desafiador: tive poucas dificuldades com os bosses do jogo principal, eles somente ficaram desafiadores na DLC;
- Lore esparsa: em que pese a lore ser bem interessante pela natureza do mundo, é complicado compreender por si só, o curso natural da história explica pouca coisa.
Obs.: Sei que essa é a forma como a Fromsoftare trabalha seus soulslikes, entretanto, por esse jogo possuir uma temática tão distinta e única, acredito que seria melhor trabalhar a história nem que fosse só um pouco mais. O jogo tem menos NPCs que contribuem para a Lore até que o próprio Dark Souls.


Salt and Santuary
Desenvolvedor: Ska Studios
Publisher: Ska Studios

Imaginem dark souls de forma simplificada e em duas dimensões, é o que se encontrará em Salt and Santuary.

As similares estão presentes ao longo de todo o jogo: no design da UI, no sistema de aquisição e perda de recursos, nos santuários de save com respawn dos inimigos, nos consumíveis, nas bossfights, no modo de contar a história, etc.

Entretanto, ao mesmo tempo em que se baseia no estilo dos souls, também possui certa identidade, e tudo é implementado de forma que se encaixa na temática apresentada.

A gameplay é boa e responsiva, bem divertida dentro do limite que o 2D possibilita. A travessia é a melhor parte: através das marcas, o player vai liberando novas fórmulas de trafegar pelo mapa - que são bem divertidas, por sinal -, o que libera novas áreas e amplia a possibilidade de exploração.

O jogo possui um elemento de RPG fantástico, com um modo criativo de upgrade e desbloqueio de novas armas/armaduras. A quantidade de itens e variedade de inimigos impressiona.

O jogo, entretanto, peca um pouco no balanceamento. Não há nenhum boss realmente difícil, o que prejudica o senso de magnitude. É divertido mas a experiência não é recompensadora como um verdadeiro souls. Em termos de mobs normais, também são poucos os que oferecem desafio, alguns até tem mecânicas interessantes, mas via de regra é bastante simples de lidar. A gravidade, muita das vezes, é o maior inimigo, tendo em vista que o jogo se utiliza bastante de pulos entre plataformas.

Em resumo, é um jogo indie com bastante foco no gameplay, que, embora provavelmente não vá te marcar pra vida, irá proporcionar diversas horas de entretenimento.

Dragon's Dogma II
Desenvolvedora: Capcom
Publisher:Capcom

Dragon's Dogma 2 é aquele jogo que, desde o princípio, se percebe que não é para todo mundo. O jogo tem uma identidade própria e se atém a ela, não faz desvios para agradar o público geral.

O jogo tem três grandes pontos fortes: i) o mundo aberto (exploração e quests secundárias); ii) o combate; iii) o sistema de peões.

O mundo de Dragon's Dogma é incrível. É um mundo vivo, em que os inimigos interagem entre si e com o ambiente. Explorar o mapa é recompensador, visto que existem tokens, dungeons, baús e outros segredos a serem descobertos. Esse fator foi de suma importância uma vez que o jogo limita a viagem rápida. As quests secundárias também são prazerosas de fazer, não sendo aquele vai e vem tedioso que muitas vezes acontece em jogos dessa natureza, existe uma história por trás de cada uma.

O combate, para mim, é a melhor parte, tudo que o envolve é incrível. As vocações são divertidas de usar, podendo se montar de formas variadas cada classe. As skills e os movimentos são fluídos e satisfatórios; os personagens sentem os golpes. O jogo possui um esquema de escalada de inimigos grandes que também é muito interessante, possibilitando várias formas de derrotar um inimigo. Os bosses são variados e interagem muito bem com o ambiente e entre si; não é incomum chegar um inimigo do nada e influenciar no combate com algum outro boss.

A magnitude dos embates foi o que mais me prendeu no jogo. A qualquer momento da exploração pode aparecer um dragão, grifo, minotauro, etc, inclusive dentro das cidades, e a resposta é sempre muito orgânica: se tem pessoas passando por perto, elas ajudam a enfrentar, se é no meio da cidade, todos os guardas participam. Além disso, a dinâmica de combate muda bastante a depender da classe que se está usando; no meu caso, quando maximixava uma classe e ia pra outra o sentimento era de um refresh total, mudava muito o gameplay e evitava de sentir a repetição.

O sistema de peões também é outro grande ponto positivo. A interação entre o grupo é muito divertida, a IA é excelente (tanto em combate quanto fora dele), e o fato de poder usar os peões dos amigos só torna a interação mais legal.

A história deixa um pouco a desejar ao longo do game, sendo bem simplista e passando zero senso de urgência na questão que precisa ser resolvida pelo protagonista. Isso muda no final: entre o final básico e o verdadeiro a história fica bem interessante e imprevisível. Isso remonta outro ponto positivo: o lance de ter dois finais, de aparecer o "II" na logo apenas após o "primeiro final", do jogo recomeçar depois dos créditos, tudo contribui bastante pra deixar o final interessante e único.

Por fim, não dá pra deixar de mencionar que o jogo foi lançado com grandes problemas de performance, entretanto, isso não afetou meu uso. Dois mods deixaram minha experiência completamente fluída: a) habilitador do DLSS 3 Frame Generator; b) manter a prioridade da CPU sempre no "alto" automaticamente. Com isso o FPS nunca ficava abaixo de 75, mesmo nas cidades, razão pela qual a performance não influenciou na minha nota.

Jogo é perfeito para o que se propõe. Universo majestoso, mapa vasto e cheio de dungeons/desafios, movimentação excelente, combate fluido e versátil, inimigos memoráveis, diversos jeitos de buildar e montar o personagem, história e lore intrigante e complexa que a comunidade desvenda junto. Como defeito pode ser apontada a repetição de inimigos e bosses, entretanto, a repetição se da apenas quanto aos bosses facultativos, o que se justifica pelo tamanho do jogo e quantidade de conteúdo.

História incrível, digna de filme, com personagens igualmente incríveis e carismáticos. O jogo faz jus aos personagens que se foram, desenvolve os do presente e os prepara pro futuro. A dinâmica de dois heróis funciona muito bem, principalmente porque, além da interação entre os dois, cada um tem seu núcleo e desenvolvimento próprio.

O jogo também desenvolve muito bem o contraste entre as obrigações dos personagens como seres humanos e como heróis: Miles, mais novo, quer fazer mais pela cidade e se sentir útil para a sociedade como o Peter é; por outro lado, Peter, Homem Aranha já há mais tempo, vê necessidade de ajudar a população no caminho para sua vida pessoal. Observação: o jogo lida com as duas situações de forma bem natural, sem pressa ou soluções apressadas, dando finais satisfatórios para ambos heróis.

As secundárias não menos repetitivas que no anterior, o que torna mais prazeroso de completar.

Os novos poderes e itens adicionados dão uma dinâmica muito divertida para o combate.

Em termos técnicos, a física e movimentação nos permite sentir como o próprio homem aranha, e a arte de Nova York está, como sempre, perfeita.

Por fim, a mensagem passada, como em todo jogo do Homem Aranha, é muito bonita: não devemos remoer o que não podemos mudar, não podemos achar que tudo de errado é culpa nossa, e, principalmente, a vingança nunca é o melhor caminho.

Jogo muito bom, do estilo que mais gosto, linear, terceira pessoa, história intrigante que vai sendo explicada e desvendada ao longo do caminho, com a aquisição de novos itens e desbravando novas áreas.

Gameplay ficou muito suave, trocação de tiro é boa, os inimigos são criativos e explicados em notas que se encontra pelo jogo (o deixa claro o processo que levou a criação deles, o que ajuda na verossimilhança, ainda que dentro desse universo fictício). A história, ainda que mais simples e com mais clichês, por ser de 2005, é muito mais que apenas uma trama de zumbis; existe um plano ambicioso na mente do principal vilão.

Nota 9 em razão da falta de explicações detalhadas da trama. Quem já conhece o jogo sabe do que se trata, quem não conhece não entende facilmente cada monstro criado, a história de cada vilão, o que gera esse poder de controle de mente, entre outros. Ademais, contribui pra nota também os clichês da história, a quantidade de vezes que a Ashley é capturada, algo sempre acontecer no momento exato que Leon está pra ser morto, essas coisas. Precisa suspender muito a discrença pra conseguir aproveitar.

Não joguei o original então pra mim foi como se fosse uma IP nova, não tenho meios para realizar análise de comparação.

O jogo cativa pela história e conexão entre os personagens. Os diálogos são bons, a trama é interessante e conecta bastante com o jogador. A dublagem é excelente, demonstra muita realidade nas falas.

Ponto negativo é a duração extendida um pouco demais, que torna o jogo um pouco cansativo no final, visto que os combates,puzzles e áres de ratos são sempre similares.

Como segundo jogo "souls" e efetivamente o primeiro dark souls, o jogo se sai bem. Os pontos positivos seguem presentes, sendo eles, pra mim: o excelente elemento de RPG; o sentimento recompensador ao passar por uma área/boss difícil; a possibilidade de utilizar diversas builds e armas; o level design; a complexidade de itens e histórias; o senso de comunhão que o jogo traz, uma vez que faz parte do jogo a comunidade ir descobrindo e compartilhando seus segredos.

Por outro lado, alguns pontos merecem ressalto negativo:

a) a mecânica de craft é mal feita, fazendo com o que jogador encontre diversos itens que só são utilizados para outras builds. Esse erro foi corrigido nos jogos seguintes, em que os itens para upar as armas não diferem a depender da build.

b) o senso de progresso e recompensa decai na segunda metade do jogo, quando os mundos não mais se interligam e só são um meio pra chegar no boss final; ademais, a build nao progride tanto mais como antes, e não se descobre mais itens interessantes - nesse ponto, a maioria dos itens pelo mapa são materiais de craft e almas. Esse fator diminuiu um pouco a empolgação ao jogar a segunda metade do jogo.

c) os bosses, um dos maiores pontos positivos dos jogos souls, são simples e possuem movimentos padrões; a dificuldade vem principalmente da área em que eles se encontram ou de outros mobs presentes na arena.
obs.: na DLC isso já foi corrigido, os bosses são desafiadores por eles mesmos e possuem um design de ataques e movimentos bem superior ao jogo base.

A dificuldade das áreas e o nível de stress alto é algo que faz parte da experiência do jogo, então não vejo como um ponto negativo.

Jogo fora da caixa, inova na proposta e te faz se sentir em um filme.

Começando pelos negativos: a) o combate do jogo não é muito bem feito: é repetitivo, um pouco mal explicado e não tem muitas mecânicas, é basicamente se esquivar e atirar; b) os upgrades do Alan, de 30, eu encontrei um, e explorei tudo que vi em todas as cenas e capítulos; c) o jogo possui uma complexidade que vai além do necessário para uma história de suspense - é claro que o jogo não pode explicar tudo, o enigma faz parte da história, mas o jogo terminar com mais perguntas que respostas; d) o design de encontrar meios pra abrir portas antigas não combina com um jogo em que o foco na história é tão importante - por exemplo, se após pegar o alicate o jogador voltar pra abrir todos os locais possíveis com ele, perde totalmente o foco na história, que estava em um momento importante.

Fora esses detalhes, o jogo é praticamente impecável, uma direção de qualidade de cinema, história que nos deixa cada vez mais curioso, personagens que nos desperta interesse e evolução satisfatória. Quando o jogo começa a ficar repetitivo, a parte final inicia, rompendo com o padrão estabelecido até então, e espantando a repetitividade.

A trilha sonora também é impecável, a melhor do ano de 2023. As duas cenas em que têm musical misturado com gameplay são memoráveis.

O elemento terror é muito bem inserido no jogo: os jumpscares aparecem apenas em alguns momentos, de uma forma que não fica cansativa e que o jogador não tem que ficar esperando por susto a todo momento. Dá pra aproveitar o jogo e os cenários sem ficar a todo momento com receio.

Baldur's Gate 3
Desenvolvedor: Larian Studios
Publisher: Larian Studios

É Dungeons & Dragons 5e transportado para um jogo eletrônico de forma brilhante.

Basicamente perfeito, para o que se propõe, não visualizo qualquer defeito.

Destaque para a quantidade de possibilidades que o jogo oferece. O player pode lidar com cada situação de forma diferente, e as escolhas pretéritas vão acumulando pro futuro, de forma que cada run de cada player diferente é uma experiência única.

Dark Souls 2 é um retrocesso em comparação ao primeiro.

Primeiramente que é basicamente uma cópia, a história é igual e o gameplay pouco muda.

Algumas qualidades se mantém, como a presença de um excelente estilo de RPG, a construção e arte do mundo, o combate (para a época).

Entretanto, os pontos negativos se sobressaem: o jogo inclui muita dificuldade apenas pela dificuldade, sem a sensação recompensadora que o primeiro tinha. As áreas são difíceis não pelo design dos inimigos, mas pela quantidade exacerbada deles e pelo fato dos locais serem apertados. Até mesmo os bosses são simples - nenhum boss do jogo base é memorável - e grande parte do desafio vem do cenário ou de mobs extras na arena. Além de tudo, vários bosses são duplas, trios e até mesmo grupos de inimigos.

As DLCS melhoram bastante os bosses, trazendo inimigos incríveis e que, até então, para a época, demonstrava grande avanço no quesito boss design. Entretanto, continua sofrendo do problema do jogo base: dificuldade pela dificuldade. Os runbacks são péssimos, as áreas são lotadas de inimigos repetidos. Existe até um mapa que é um espaço vazio coberto por neve em que não há visibilidade alguma.

É um clássico na franquia souls que eu não deixaria de conhecer, inclusive, estou feliz de ter jogado, entretanto, a fama de ser o mais fraco entre eles se justifica.

Em que pese não haver avanço em relação ao segundo jogo (parece ser só missões extras do mesmo jogo), o gameplay é o ponto forte. Cada missão pode ser completade de várias formas e os movimentos entre poderes/kills/stealth são bem fluídos. É bem divertido de passar pelas áreas de combate.

A história é apressada, a missão de matar um suposto Deus acabou sendo realizada mais rápido que a missão dos outros dois jogos. Por outro lado, é um final satisfatório para a saga: não há mais o Estranho por aí para continuar a dar poderes e corromper as pessoas.

O jogo peca pela falta de originalidade. Até mesmo a forma como as missões foram boladas demonstra preguiça. São sempre iguais e sempre bem diretas, sem uma construção interessante por trás. A resposta sempre é obtida rapidamente.

Poderia ser lançado como forma de DLC, mas pelo menos cobraram valor menor, pois tinham consciência do tamanho.

O terceiro jogo da franquia Dark Souls corrige todos os pontos negativos dos jogos anteriores.

O que já era positivo, como o gameplay, o elemento de RPG e o level design, continuam excelentes, com a vatangem de ser mais liso e fluído ainda.

Os bosses, ao contrário do seu predecessor, são divertidos e recompensadores de enfrentar. Em que pese serem mais difíceis, a dificuldade vem do design criativo e força do próprio boss, e não de elementos adjacentes inseridos no contexto da luta.

A ideia de ter um santuário para reunião dos NPCs também é interessante e economiza tempo do player, que pode resolver tudo em um só lugar.

O jogo explora bastante o universo de dark souls estabelecido no primeiro jogo, dando uma noção de continuidade pra trama - algo que o segundo jogo da franquia não fez.

Como ponto negativo, tem a ausência do power stance - que foi uma das poucas coisas que o Dark Souls 2 acertou em cheio - além do fato de muitas armas de boss que possuem apenas dano físico normal, somente pelo fato de serem de boss, não podem ser infundidas ou bufadas, o que prejudica bastante o uso para players que utilizam de qualquer dano elemental.

As DLCs seguem o mesmo padrão do jogo, com ressalto que a DLC The Ringed City traz uma dificuldade que rememora Dark Souls 2: excesso de inimigos exageradamente fortes que, muitas vezes, ainda ficam escondidos; áreas de travessias desviando de ataques e gank boss. Aparte disso, os bosses da DLC são memoráveis, com destaque para Sister Friede, Knight Gael e Dragon Midir.

No geral, é um excelente jogo que terminou muito bem a franquia.