Meus caros, antes de tudo: RESPEITO!

Vocês estão frente à grande matriarca dos metroidvanias! Aquela que se tornou um marco na história dos jogos por, não criar, mas aperfeiçoar um estilo com tanto primor que fez com que este se elevasse dos confins do desconhecimento até o nível de um imponente sol cuja luz de infinitas possibilidades abençoa o universo dos jogos até hoje.

ENTÃO MACETEM ESSE "F" PARA PAGAR O DEVIDO RESPEITO À ELA, PQ ELA MERECE!!!!

Agora, com o devido respeito dado, podemos começar a falar dessa pérola!

Super Metroid, meus amigos! QUE JOGO!!!
Essa série fez com jogos Side Scrolling o que The Legend of Zelda fez com jogos isométricos, que é um total remodelamento e adaptação do estilo com base na exploração.

Para os que não sabem, em resumo, Metroidvanias são jogos com um único mapa gigantesco (que pode ser fragmentado em áreas), mas que você não consegue explorar direito devido à limitações no seu personagem. O objetivo do jogo é explorar o mapa, seguindo por onde você consegue ir, para encontrar upgrades que não apenas te deixam mais forte como vão te permitir explorar novas áreas desse mapa que você não conseguia acessar antes. Dessa forma você vai abrindo o mapa até finalmente conseguir chegar no lugar onde está o boss final e terminar o jogo.
Parece algo simples, em teoria, mas esse estilo de progressão não apenas é extremamente complicado de fazer como é extremamente divertido de se jogar.

Metroid (o original) e Metroid 2 também tinham esse estilo, porém foi Super Metroid que fez a coisa brilhar de fato!
Foi ele que entregou um mapa colossal que, em pouco tempo de gameplay, se abria em diversas possibilidades, com uma liberdade de exploração indescritível, repleta de cenários fantásticos, com artes e ambientação impecáveis, músicas incríveis, inimigos bizarros diversos e chefes medonhos memoráveis. Tudo isso misturado à upgrades hypantes e inúmeros segredos (áreas secretas e upgrades secretos) perdidos aqui e alí que induziam uma curiosidade e desejo sem fim de continuar explorando.
Não é a toa que esse jogo é uma obra-prima!

Então, acredite, se você gosta do gênero Metroidvania e/ou gosta de exploração, confie em mim, você DEVE JOGAR SUPER METROID! Sério, jogue! Você vai me agradecer por isso depois!

E mais uma vez um grandioso "F" em respeito à grande mãe dos Metroidvanias!

Tremendamente limitado em vários aspectos da gameplay - especialmente nas partes relacionadas a movimentação do personagem.

Mas não tem como eu deixar de mencionar a quantidade de ideias interessantes que tem perdidas no jogo. É uma base bruta, mas que foi bem melhor trabalhada na sua sequência, reaproveitando e polindo várias dessas ideias.

Outro Castlevania clássico incrível!
Legal que esse foi primeiro e único Castlevania que eu tinha jogado antes de começar a jogar todos os jogos da série esse ano.
Eu joguei ele quando era criança e não me lembrava de nada, mas quando eu abri o jogo, escutei as músicas e vi os cenários... meu deus, que EXPLOSÃO DE NOSTALGIA que bateu no meu corpo INTEIRO!

As músicas e os visuais do Bloodlines são fantásticos, além das fases, mesmo sendo poucas (apenas 6 fases) terem muita personalidade própria. A única critica é que as últimas 3 fases são um pouco pé no saco, mas isso vai variar também do personagem escolhido pra campanha. O jogo tem 2 personagens jogáveis e, por mais que o John Morris (gameplay clássica do chicote) seja bem equilibrado e justo na gameplay dele, n tem como n dar altos créditos pro Eric Lecarde - o desgraçado é muito roubado e divertido de jogar!

Esse foi o 3° melhor Castlevania clássico que eu joguei, atrás apenas do Super Castlevania IV e do Rondo of Blood.

A pura nata doida de Crash Bandicoot elevada a um nível de ridículo (no sentido ótimo da palavra) que supera qualquer outro jogo da série.

Ele sabe ser bonzinho e desgraçado numa medida até que justa. É tranquilo de conseguir mais 1Ups, assim como é beeem tranquilo perder esses 1Ups.
A única critica maior - além dos diversos bugzinhos que rolam aqui e alí e que, por vezes, acabam te matando E também não poder pular cutscenes - é quanto a escolha de câmera de algumas partes do jogo, principalmente aquelas que envolvem você correr em direção à câmera pra prosseguir a fase. A velocidade necessária para prosseguir nessas fases, junto ao zoom da câmera ser muito próximo do personagem, vai inevitavelmente fazer você morrer várias e várias vezes. Essas fases acabam virando mais um gigantesco jogo de memória (de lembrar quando vai ter algum obstáculo no caminho pra poder desviar) do que uma fase de reação.

Mas fora isso é uma experiência incrível pra quem é fã da série. Esse jogo em especial está REGADO de personagens e conteúdos dos jogos anteriores, assim como está cheio de piadinhas estúpidas ótimas.
Aviso que você vai sofrer em várias partes, mas também vai dar muita risada em outras.

DE LONGE O MELHOR DE TODOS OS CASTLEVANIAS CLÁSSICOS!

Cara, sério, que obra-prima! E isso não apenas por ele ter fases, músicas e visuais fenomenais, mas também por ele ser uma grande homenagem a boa parte dos Castlevanias anteriormente lançados.

Pensem nele mais ou menos como um Sonic Mania dos Castlevanias. Em meio as fases, gráficos e músicas vão estar referências, trechos e adaptações de partes dos vários jogos anteriores da série. Por exemplo, o cenário das vilas de Castlevania II: Simon's Quest (esse logo na primeira fase), ou a fase do navio fantasma do Castlevania III, ou os vários bosses comuns e/ou específicos que já estiveram nos jogos ou, até mesmo (e isso me deixou MUITO impressionado de terem colocado), o trecho da ponte quebradiça e cheia de morcegos daquela merda de Haunted Castle - só que, óbvio, trabalhado de uma maneira que a parte não fosse uma desgraça odiável, e sim uma fase muito dahora de passar.

A gameplay do jogo é fluida, divertida, com uma dificuldade justa e, o melhor de tudo, TEM A MARIA RENARD PRA JOGAR! Cara, a Maria é o bicho MAIS ROUBADO QUE TEM!
E outro aspecto divertido desse Castlevania é que os personagens jogáveis tem habilidades passivas, como o pulo pra trás do Ritcher ou o pulo duplo da Maria - mas claro que as habilidades passivas da Maria também ajudam na gameplay roubadaça dele. CARA, ELA SOLTA UM CLONE QUE DÁ DANO MASSIVO EM ABSOLUTAMENTE TUDO - E É UMA PASSIVA QUE NÃO GASTA NADA!!! ESSA PIRRALHA É MUITO QUEBRADA, BICHO!

Na moral, JOGUEM RONDO OF BLOOD!!!
Eu recomendo fortemente jogar a versão de PC Engine - eu até achei uma versão funcional que dá pra baixar, caso alguém tenha interesse em jogar (se o jogo não iniciar falando que falhou em encontrar algum arquivo, liguem ele em modo Administrador, foi assim q funcionou pra mim). O bom dessa versão é que vem com Save State (F5) e Load State (F8) pra quem curte usar essas funções.

Um jogo que tentou adaptar a série, adicionando um aspecto mais RPG pra coisa. Ele é repleto de ideias interessantes, assim como de ideias horríveis...

No geral ele acaba perdido entre os primeiros Castlevanias justamente por esse estilo diferenciado que não se resume apenas a seguir em frente matando monstros, mas sim conversar com várias pessoas, recolhendo rumores que podem ou não ser verdade e explorar o mapa, fazendo e refazendo caminhos, para ir atrás desses rumores e prosseguir no jogo. Claro que essa mudança radical de gameplay acaba sendo bem incômoda para quem esperava algo similar ao seu antecessor.

Mas dizer que, no geral, eu gostei da base esquisita que montaram pra ele. Mas confesso que joguei usando um Walkthrough, pq ficar andando pra lá e pra cá, testando cada rumor, tendo que procurar cada passagem secreta/parede falsa ou bloco falso no cenário escondendo um NPC ou um livro de informação é simplesmente de foder!

Que jogo BOM!!! Nessa minha empreitada de jogar todos os Castlevanias em ordem de lançamento, esse foi o primeiro Castlevania que me hypou DE VERDADE!

Tudo nele é incrível! Conseguiram adaptar e melhorar todos os aspectos da gameplay dos jogos antecessores sem sair nem um pouco da essência clássica da série.
As mecânicas de movimento e ataque são boas, os inimigos são diversos, as músicas e visuais são incríveis e as fases são FANTÁSTICAS! Sério, os temas das fases e principalmente os efeitos dinâmicos usados em várias delas são FENOMENAIS!!!

Claro que ele dá uma boa apertada na dificuldade da metade do jogo pra frente (com uma ou outra parte ou boss que são mais chatinhos de lidar), mas a escala de dificuldade sempre ficar dentro de uma medida justa - então, mesmo tomando um monte de porrada, eu não consegui deixar de ficar hypado com o jogo em nenhum momento.

De todos os Castlevanias pré-SotN que joguei, esse foi o 2° melhor de todos, então com toda a absoluta certeza esse daqui vale a pena jogar!

O nível de melhora desse jogo em comparação ao seu antecessor é fascinante! Literalmente todos os aspectos da gameplay foram polidos e melhorados - movimentação, level design, artes, músicas, inimigos, etc, etc.

Claro que tudo ainda está dentro das limitações do Game Boy, mas mesmo dentro dessas limitações, o que conseguiram fazer aqui é incrível!
Pra quem é fã do estilo clássico da série, esse com certeza vale a pena jogar.

Uma das maiores injustiças do mundo foi Metroid Prime não ter inspirado jogos da mesma forma que Super Metroid inspirou.

Super Metroid não criou o estilo de progressão que hoje chamados de Metroidvania, mas trabalhou ele de uma maneira fenomenal que mostrou a todos do quê esse estilo realmente é capaz - e o quão divertido ele consegue ser.
Metroid Prime fez exatamente a mesma coisa: pegou aquele estilo de progressão já conhecido da série (e que, nesse momento, já havia sido utilizado em outras séries e jogos) e trabalhou ele como sendo um jogo FPS. Lendo assim, pode não parecer grande coisa, mas a forma que o gênero Metroidvania foi adaptado para 3D em primeira pessoa no Metroid Prime foi PERFEITO!!! E dizer isso não é exagero! Parece que você tá jogando um Metroid 2D só que em um universo 3D primeira pessoa. É EXATAMENTE O MESMO JOGO, SÓ QUE EM UM FPS - O QUE É ASSUSTADORAMENTE DESCONCERTANTE, PORQUE É UMA MUDANÇA RADICAL DEMAIS E MESMO ASSIM CONSEGUIRAM ADAPTAR DE UMA MANEIRA PERFEITA DEMAIS!

E é aí que entra a parte que me entristece MUITO:
Enquanto Super Metroid se tornou uma base do gênero Metroidvania e é usado até hoje para moldar inúmeros títulos, Metroid Prime, que foi um trabalho tão revolucionário no gênero quanto foi o Super, manteve seu estilo isolado à apenas a série Metroid Prime.
Sim, é óbvio que montar um metroidvania 3D dá muuuuito mais trabalho do que um 2D (que já é bem complicado de fazer), mas não é estranho que não tenha absolutamente NENHUM outro jogo até hoje que tentou fazer o que o Metroid Prime fez? Pelo menos eu, quando pesquisei, não achei nenhum. E ISSO ME DEIXA DE CARA!!! COMO É POSSÍVEL QUE NINGUÉM TENHA TENTADO COPIAR A RECEITA DE UM JOGO TÃO BOM??? AINDA MAIS UM JOGO QUE SOUBE DEIXAR ESSA RECEITA TÃO EVIDENTE E BEM DETALHADA NA GAMEPLAY!

Parando para pensar agora, as séries Metroid e The Legend of Zelda tem muita coisa em comum, e essa é mais uma delas: Ter tido um jogo 2D que retrabalhou magnificamente um estilo e se tornou modelo para inúmeros jogos (Super Metroid e A Link to the Past) e depois ter se adaptado fantasticamente bem ao universo 3D (Metroid Prime e Ocarina of Time) mas não ter nenhum ou quase nenhum jogo feito com base nesse título 3D...

...Mas é.
Meio que eu acabei usando essa análise mais pra desabafar a minha indignação... Porém realço que toda essa minha pagação de pau com o Metroid Prime não é sem motivo: esse jogo é uma obra-prima!

Caso você queira jogar, eu recomendo usar o PrimeHack, que é um mod feito no emulador Dolphin pra jogar Metroid Prime Trilogy com mouse e teclado - e, acreditem, É MUITO BOM E FUNCIONA QUE É UMA BELEZA!

E antes de finalizar, se vocês souberem de jogos que sejam similares a vibe do Metroid Prime ou Ocarina of Time, POR FAVOR ME DIGAM!
Eu amo MUITO esses jogos véi! Então qualquer coisinha que se pareça com eles eu to aceitando!

The Legend of Metroid: Twilight Princess

De longe o Metroid mais experimental de todos, com uma porrada de upgrades e ideias diferentes. Há itens clássicos da série que não apareceram aqui, da mesma forma que há itens daqui que nunca mais apareceram na série.

Mandando a real, na primeira vez que joguei, eu achei ele o máximo - de longe foi o meu Metroid Prime favorito. Mas rejogando, eu senti que a experimentação dele acabou deixando a gameplay bem maçante em vários momentos. Nem de longe é um jogo ruim, mas a experimentação dele, mesmo que seja bem interessante e divertida em alguns momentos, acaba sendo bem cansativa e irritante em outros.
As portas com trava de luz e sombra poderiam se tornar portas normais após serem desbloqueadas, o mapa poderia ter mais atalhos de uma área para outra, o menu de navegação de logs e infos poderia ser bem mais prático (pq, sejamos sinceros, mesmo que seja legal rodar as coisinhas, aquele menu é horrível!), alguns inimigos poderiam ser menos esponja de balas, etc.

Mas, de longe, o pior é a batalha contra o boss final. Não vou soltar spoilers, mas imagine que os bosses do jogo seguem um sistema de luta misturado com puzzle. Você precisa aprender como funciona o boss e o que fazer ou onde mirar para dar dano neles - o que torna a batalha dinâmica, mesmo dentro da alta quantidade de vida que alguns deles possuem. Há também os bosses que são puramente luta, mas essas lutas são equilibradas e mais rápidas. Agora o boss final... esse desgraçado zoa absolutamente todo o rolê do jogo INTEIRO! Ele tem ambas as partes de puzzle e de luta - as de puzzle são aceitáveis, mas a parte de puramente luta é a coisa mais chata e irritante que você vai jogar na sua vida. Pra começo, o boss tem apenas um ponto fraco, que é o único lugar onde ele toma dano e ele fica PROTEGENDO ESSE PONTO DIRETO! É o único boss que faz isso no jogo inteiro! Além disso a luta requer uma quantidade absurda de munições específicas que nem os upgrades de munição no máximo dão conta, te obrigando a ficar mendigando munição várias vezes durante a luta. A soma desses fatores faz essa luta chata dos infernos se estender pra caraaaaaaaaaalho. Você sai puto do jogo por causa dessa batalha final asquerosa...

Mas de resto, o jogo é muito bom e é uma ótima sequência para o Metroid Prime, tendo também um mapa repleto de áreas para explorar e itens para encontrar. Apenas entrem nele cientes desse fator experimental e que algumas coisas dele não estão na forma mais prática e divertida que poderiam estar.
Caso você queira jogar, eu recomendo usar o PrimeHack, que é um mod feito no emulador Dolphin pra jogar Metroid Prime Trilogy com mouse e teclado - e, acreditem, É MUITO BOM E FUNCIONA QUE É UMA BELEZA!

Um bom começo pra série, com uma base bem sólida de gameplay e menos difícil do que eu esperava - com exceção das fases finais, lá o negócio começa a fritar.
Confesso que estava esperando bem menos, mas ele realmente me fascinou.

As fases são boas, as músicas são ótimas e a atmosfera criada pra coisa, com os visuais e cenários, são incríveis - mesmo com as limitações de NES.

Uma versão extremamente bruta e experimental de todas as mecânicas e sistemas fantásticos que fazem parte dos jogos futuros da série.
A essência da coisa está alí, perdida em meio a escolhas rudes e um sistema de batalha exagerado, complexo e desorganizado.

A história é boa e digna das loucuras da série, mas estando longe de se comparar ao alto nível de progressão narrativa presente nos outros jogos. E, claro, um fator bem divertido da história do jogo é que ele possui duas rotas de história totalmente diferentes - uma canônica e uma fantasiosa. Só joguei a rota canônica (SEBEC Route) mas uma hora vou voltar e testar a Snow Queen Quest. Pelo pouco que eu vi, essa rota parece ter uma história bem diferente, dahora e divertidinha... mas deixemos ela para outra hora por agr.

Enfim, é um experiência válida para quem curte a série e curte jogos retro - mas esteja avisados quanto as várias mecânicas bruscas do jogo (incluindo uma taxa exageradamente alta de random encounters). Isso pode tornar a experiência da coisa bem maçante em vários momentos.

CARA! QUE OBRA-PRIMA SUPREMA!!!
Todas as análises e críticas que eu vi não estavam exagerando nem um pouco sobre o quão bom esse jogo é!

O sistema totalmente único de diálogos e habilidades, todas as possibilidades e variações narrativas, a exploração livre, detalhada e recompensadora, o jeito que ele consegue sempre manter seus diálogos interessantes e dinâmicos, sabendo muito bem como interseccionar o fator cômico ao sério, toda a teia de informações que se interconectam ou se dividem em ainda mais perguntas e opções investigativas... CARA, COMO ESSE JOGO É FANTÁSTICO!

Importante destacar, claro, que esse jogo é 90% leitura, então se for jogar, vá com a mesma vontade e determinação de ler um livro.

Com isso tudo dito, não tem como eu deixa de mencionar o quanto me dói MUITO saber de todo o problema que os desenvolvedores passaram e de como isso vai atrasar ou mesmo inviabilizar uma sequência ou jogo no mesmo estilo (óbvio, dificilmente mantendo a mesma qualidade também). O que nos resta é torcer pra que toda essa treta se resolva, mas, até lá, recomendo piratear o jogo (ou pegar ele no preço mais barato possível), pra evitar mandar dinheiro pros caras que deram golpe nos Devs.

E antes de fechar, claro:
KIM, VOCÊ É O MELHOR PERSONAGEM DE TODOS! NÓS TE AMAMOS!!!

É assustadoramente impressionante que tenham feito isso em apenas 1 semana, sem zoar.

Mesmo sendo um gigantesco protótipo, tudo está consistente. As mecânicas funcionam bem, há novas mecânicazinhas de movimentação que também funcionam lindamente, além de eu não ter presenciado absolutamente nenhum bug durante a minha gameplay.
E já falando dela, a gameplay geral parece uma mistura de A Hat in Time com Mario 64, porém sem perder a essência de Celeste - sendo algo agradável, enfurecedor e prazeroso de jogar, tudo ao mesmo tempo.

A única negativa do jogo é a câmera, que não trás uma boa sensação de profundidade e dificulta discernir a posição das coisas - o que fere diretamente o ponto chave do jogo, já que ele é um hard platformer - Nesse ponto ele precisaria de umas aulinhas de A Hat in Time pra deixar a câmera perfeita.

Mas o que eu achei mais divertido desse projetinho é que o primeiro Celeste começou como um protótipo também, então ouso dizer que esse Celeste 64 pode muito bem ser o prelúdio de algo GRANDE! E eu estou ansioso para ver esse algo tomar uma forma definitiva!

Depois de literalmente mais de um ano e meio enrolando, finalmente consegui zerar Elden Ring.

Motivos do porquê eu demorei tanto? Simples: Porque eu sou um maldito explorador orgulhoso que gosta de olhar cada cantinho dos mapas dos jogos - E Elden Ring soube tirar o pior desse meu lado, porque ele tem coisas escondidas EM TODO LUGAR, até nas vielas mais obscuras do mapa titânico dele. Por causa disso entrei em um ciclo de limpar absolutamente tudo que eu conseguia em uma área (bosses, dungeons, cavernas, itens, quests, etc) e depois parar de jogar por alguns meses antes de voltar e repetir o processo com a próxima área.

Mas beleza, bora pra review do jogo!

Elden Ring é uma obra-prima absoluta, isso não há como negar. O jogo mistura aspectos de todos os outros jogos da From Software e os coloca em um mundo aberto gigantesco, único e fantástico.
Pelo que eu disse lá em cima, acredito ter passado uma leve noção do quão rico e cheio de conteúdo esse mundo é. A maioria dessas coisas sempre estão à plena vista, porém, ao olhar locais mais escondidos, seja numa encosta mais afastada, seja em uma área mais escura no canto de uma montanha (que de longe parece não ter nada de especial), nesses lugares há grandes chances de você topar com dungeons e cavernas. Esses locais quase sempre estão escondidos, mas estão por toda a parte, e são ótimos lugares para conseguir itens essenciais para upgrades ou mesmo itens de vantagem para diferentes situações.
Em resumo: Coisas pra fazer e explorar é o que não falta no jogo, e todos esses lugares possuem coisas úteis para o player, assim estando longe de serem mera encheção de linguiça no mapa.

Quanto a parte artística.... vai ser melhor eu pular ela, senão vou ficar escrevendo linhas e linhas de elogios a inúmeros aspectos do jogo, desde a visão do overworld - com a Erdtree sempre visível e impondo sua magnificência no centro do mapa - até meros detalhes, como os efeitos de explosão do jogo. Mas sério, vocês pararam pra analisar o quão ridiculamente bonitos são os efeitos de explosões do Elden Ring? Sem zoar, deem uma olhada, é um negócio muito bem feito!

Mas enfim, avançando para o mundialmente famoso ponto de amor e ódio dos jogos da From Software: BORA PARA AS BATALHAS!
As mecânicas de luta do Elden Ring são similares as dos Dark Souls, porém adaptadas de maneira a serem bem mais fluidas. A possibilidade de builds é enorme, maior do que em qualquer jogo antecessor da From Software. A variação de inimigos é bem alta, com diferentes tipos de bosses - normalmente separados em inimigos de elite, bosses menores e bosses maiores. Os bosses maiores são aquele que você tem que ter medo. Eles são os caras potentes, os infames das redondezas, que você sempre ouve falar aqui ou ali sobre. Esses caras sempre tem uma cinemática épica só pra eles, o que é totalmente merecido, afinal, são eles que sabem como te dar um belo de um cacete. Mas indiferente ao cacete, todos esses bosses são incríveis, e as batalhas (com exceção de uma) são muito bem montadas e divertidas.... mesmo com você tomando um pau em muitas delas.
Quanto àquele "com exceção de uma", acredito que vocês já sabem muito bem de quem eu estou falando, mas só vou falar dela mais tarde.

Agora vamos falar de uma das principais críticas que ouvi falar de bastante gente quanto ao Elden Ring: A dificuldade do jogo.
Ironicamente, essa crítica não é sobre o jogo ser difícil, e sim o contrário: ela diz que Elden Ring é um jogo fácil, ou, colocando melhor, é o jogo mais fácil da From Software.
O culpado disso é justamente um dos aspectos que eu mais gostei no Elden Ring, que é a acessibilidade dele para com novos jogadores. O jogo possui diversos facilitadores para quem não está acostumado ao gênero souls (ou até mesmo para quem está acostumado, mas está sofrendo para passar de alguma parte ou boss). O principal elemento facilitador do jogo são as Spirit Ashes, que são diversas criaturas fantasmas que o jogador pode invocar para ajudar ele em batalha em locais específicos que permitem essas invocações. Há diferentes tipos de Spirit Ashes, desde criaturas fracas, mas que são invocadas em grupo, até lutadores ridiculamente roubados que, muitas vezes, levam uma batalha inteira sozinhos. Mas não confundam as coisas, esses facilitadores não são uma 'rodinha de bicicleta para quem ainda não sabe andar' ou coisa parecida; eles são mecânicas extremamente úteis que existem para auxiliar o jogador e tornar sua experiência melhor e até mesmo mais justa, dependendo da situação. Digo isso porque joguei metade do jogo sem usar nenhuma Spirit Ash, até que finalmente decidi testar e elas melhoraram muito a minha vida na hora de explorar. Facilitaram a minha vida? Sim, mas de um jeito que melhorou bastante a minha experiência de jogo - e essa melhora de experiência é justamente o motivo pelo qual esses facilitadores existem.

Mas então, esclarecendo essa dúvida, Elden Ring é um jogo fácil?
A resposta é: Não. E por 3 motivos principais:

- Os facilitadores do jogo são opcionais, assim sendo, se o jogo estiver muito fácil, você pode limitar o uso deles para deixar a dificuldade mais ao seu agrado.

- Mesmo utilizando facilitadores, dependendo da sua build, boa parte dos bosses maiores ainda vão te moer na porrada.

- Malenia

Pronto, vocês tavam querendo saber da exceção da batalha divertida que eu tinha falado lá em cima? Pois bem, tome ela aí pra vocês, marcada em destaque!

Malenia cara.... MALENIA!!! QUE BOSS DESGRAÇADO!!!!
2 dias pra passar dessa maldita, e tudo por culpa de um único ataque: o infame Waterfowl dela... Sério, vai tomar no c* Malenia!
Graças a deus que ela é um boss opcional, senão todo o meu discurso de acessibilidade do jogo alí em cima seria vergonhosamente derretido (que é exatamente o que a Malenia faz com a sua vida).

Mas beleza, vale a pena jogar Elden Ring? COM TODA A ABSOLUTA CERTEZA!
Seja você um jogador veterano no gênero Souls, seja um iniciante, Elden Ring vai ser uma experiência incrível que vai te viciar por horas e horas. Já avisando o óbvio: não vai ser uma jornada fácil, mas até nos momentos difíceis o jogo consegue te divertir - e passar de uma parte complicada só te incita ainda mais a continuar jogando.

E claro, antes de finalizar, mais uma vez:
VAI TOMAR NO C* MALENIA!