Confesso que não estava esperando muito desse jogo. O que eu, a primeira vista, erroneamente acreditei ser apenas um joguinho infantil bonitinho acabou me prendendo, ganhou meu coração e me deixou querendo mais.
Tinykin é um jogo que repensa o conceito da franquia Pikmin, adaptando-a a um mundo 3D aberto, rico no fator exploração e misturando-a a elementos do gênero Collect-a-Thon. Neste jogo controlamos Milo e o ajudamos em sua busca para retornar ao seu planeta depois de um acidente que o deixou preso na Terra, e, para isso, será necessário a ajuda de pequenas criaturinhas muito úteis chamadas de Tinykins.
O cenário do jogo é uma casa... porém um detalhe bem importante que esqueci de mencionar acerca de Milo é que ele tem o tamanho de um inseto, logo, todos os cômodos são gigantescos e repletos de coisas para se fazer. Todos os mapas possuem visuais belíssimos, são muito bem construídos, com designs bem planejados e são muito divertidos de se explorar. O jogo e todos os seus aspectos foram muito bem pensados, de forma a deixa-lo o mais confortável de se jogar possível - Milo, por exemplo, possui uma prancha de sabão que o permite se deslocar rapidamente pelos cenários titânicos de cada fase, e o jogo possui inúmeros atalhos desbloqueáveis que permitem um acesso mais rápido as diferentes áreas já exploradas dos mapas.
Os objetivos do jogo, fora o principal, variam a cada mapa, e cada mapa possui também várias missões secundárias espalhadas, assim sendo, exploração é um dos elementos principais desse jogo. Para ajudar a explorar e a cumprir missões, Milo utiliza os Tinykins espalhados pelas fases, que são separados em 5 espécies diferentes e servem a diferentes propósitos.
Indispensável falar da riqueza em referencias que esse jogo possui, principalmente nos nomes e diálogos dos diferentes insetos adoráveis que conhecemos pelo caminho.
Tinykin é um jogo incrível e muito bom para passar o tempo, sua história, infelizmente, finaliza deixando muitas perguntas no ar, no entanto há quem acredita que isso possa conectar a uma futura DLC voltada a história - o que eu, particularmente, desejo muito que venha a se tornar verdade.

Um jogo curto e muito bonito que trata de temáticas bem pesadas.
Sea of Solitude mostra a jornada de Kay em sua busca para contornar o tenso sentimento de solidão que a aflige.
Comumente, nesse estilo de jogo, espera-se uma mensagem passada de forma mais subjetiva, algo mais aberto, que te convida a pensar de forma a conseguir encaixar as peças espalhadas pelo cenário geral. Porém nesse jogo as mensagens são exageradamente diretas; tão diretas que algumas cenas, mesmo que focando em passar o sentimento contrário, acabam ficando um pouco cômicas - isso torna difícil não sentir, inicialmente, certa decepção quanto a este aspecto. Felizmente, após algum tempo jogando, você meio que se acostuma com essa escolha narrativa.
O progresso de gameplay é simples mas agradável, porém meio repetitivo quanto a escolha de alguns puzzles. Os gráficos são lindos e a mensagem geral transmitida pela história é comovente e bonita, o que faz valer a experiência do jogo.

2018

Eis um joguinho com um design bem excêntrico!
Fe é um jogo onde você controla uma criaturinha em sua busca para salvar uma floresta e sua fauna.
O jogo possui um progresso interessante, porém tendo uma gameplay consideravelmente lenta e repetitiva, podendo ser relaxante para uns e cansativa para outros. O visual gráfico é diferente e bonito, porém logo se torna exaustivo e até mesmo dolorido de olhar, devido ao excesso de brilho utilizado em muitas partes.
O jogo em si é curto, no entanto possui, espalhados pelo mapa, diversos cristais opcionais que ajudam a desbloquear melhorias para o personagem principal. Algumas dessas melhorias ajudariam muito a contornar a lentidão do jogo, porém, ironicamente, estas são as que mais requerem cristais para serem desbloqueadas - sendo bem possível que você finalize o jogo antes mesmo de consegui-las...

Eu não tenho palavras suficientes pra descrever o quão bom esse jogo é!
Death's Door é um jogo Souls-Lite onde o protagonista (um corvo que trabalha como ceifador) deve recuperar a alma perdida que lhe foi encarregada de ceifar.
As artes, gráficos, OST e level design são fenomenais. A dificuldade é boa - o jogo possui mecânicas bem amigáveis para players novatos no estilo Souls (como vários caminhos desbloqueáveis que te ajudam a chegar mais rápido onde você morreu), mas ainda mantendo uma dificuldade agradável mesmo para jogadores veteranos.
A história é boa e os NPC's que você conhece são divertidos e simpáticos (eis algo que esse jogo é muito bom em ser: Simpático).
Há bastante conteúdo para se procurar enquanto explora (itens, armas, upgrades) e também há conteúdos pós-game.
Uma experiência totalmente válida para que gosta do gênero Souls.

Um jogo com uma ideia muito boa, no entanto com uma execução terrível.
Os gráficos e a OST são boas, a história é aceitável, o level design é bem interessante (com boas doses de exploração), porém o sistema de batalha (que é um dos principais focos do jogo) é horrível, o que torna a progressão do jogo muito frustrante.
O jogo frequentemente falha na hora de ler os inputs, resultando em combos e parrys errados. Há uma grande quantidade de combos, no entanto você acaba usando apenas 2-4 deles, pois a maioria desses são inúteis ou lentos demais para se usar contra grupos de inimigos. O parry não funciona sempre - algumas vezes o jogo vai ler o parry e iniciar a animação mesmo que vc tenha usado ele bem antes do ataque, outras vezes o jogo simplesmente esquece que tem um comando de parry, deixando vc tomar dano massivo de um combo inimigo, não importa o quanto vc tente dar parry.
Isso tudo torna o jogo uma experiência chata e repetitiva, onde você só tenta fechar os 7 capítulos o mais rápido possível pra zerar o jogo o quanto antes, o que é triste.

Um jogo bom e simples, onde você deve assistir a vídeos fragmentados de um caso policial e, para ver mais, você deve usar um mecanismo de pesquisa que filtra os vídeos pelas palavras ditas neles. A história (o caso) é envolvente e o sistema de pesquisa é divertido de usar, resultando em uma experiência agradável e instigante quanto a descobrir o que realmente aconteceu.

Um jogo muito bom, porém com uma terrível falta de polimento.

Lost in Random possui uma arte e designs fantásticos, uma história consideravelmente boa (brilhando, principalmente, em seus diálogos e piadinhas que, por vezes, quebram a quarta parede) e um criativo, no entanto, infelizmente, não tão bem explorado, sistema de batalha.

Quanto a falta de polimento, é recorrente encontrar hitboxes mal posicionadas ao percorrer os mapas, fazendo com que você fique, muitas vezes, preso em cantos. Dependendo do mapa, esse problema pode piorar (especialmente nas áreas finais) sendo possível encontrar paredes invisíveis no meio do caminho.
Outro descuido do jogo é quanto ao ativar de diálogos referentes a progressão da história: Por vezes você passa por uma ponto que ativa um diálogo que já foi dito antes, ou até mesmo um que só deveria ser ativado mais a frente.

O sistema de batalha do jogo funciona, resumidamente, jogando o dado, recebendo uma quantidade de energia a partir do número rolado e gastando esse valor em cartas (de um deck de 15 cartas customizado pelo jogador) que são recebidas aleatoriamente. Essas cartas são usadas como vantagens durante batalhas em tempo real e possuem diferentes efeitos, encaixando-se em cinco categorias: Armas, Dano, Defesa, Armadilhas e Trapaças.
Infelizmente, muitas dessas cartas tornam-se rapidamente obsoletas, seja pelo seu baixo dano, lentidão ou impraticidade de uso frente a inimigos que vão se tornando cada vez mais fortes e mais rápidos. Mesmo frente a tais desvantagens, algumas destas ainda podem ser montadas de forma a um uso mais estratégico, porém, outra falha do jogo, é que ele não possui um sistema de salvar decks, assim desencorajando jogadores a testarem decks novos, sabendo que eles teriam que remontar o deck principal toda vez (isso se eles lembrarem de todas as cartas que faziam parte dela).

Misturado aos fatores acima citados, o último problema das batalhas, que rapidamente é percebido ao progredir no jogo é: Falta de dinamicidade. Depois de montar um deck útil, todas as batalhas resumem-se apenas ao básico: Rolar o dado, receber energia, gastar a energia em cartas, usar as cartas, repetir!

Concluindo, Lost in Random é um jogo bom, mas que poderia ser muito melhor caso os devidos cuidados e polimentos tivessem sido feitos e seu sistema de batalha tivesse sido melhor pensado, de forma a encorajar o jogador a testar mais e evitando o loop repetitivo de mesmos que ele se torna.

A pretty good game with some serious lack of polishment.

Lost in Random has an amazing art and design, a considerably good story - with some incredible dialogues and fourth-wall breaking puns - merged with a creative (but, sadly, not so well explored) battle system.
As for the lack of polishment, it's recurring to see badly posicioned hitboxes through the map, resulting in you getting stuck in almost every corner of the walkable paths. Depending on the map, it gets even more broken (particularly in the final areas), with some invisible walls getting in your way.
Another oversight happen with progress related dialogues: Sometimes you pass through a point in the map that activates a dialogue already seen, other times it activates a dialogue thats wasnt suposed to play at that moment.

The game battle system works, in short, by rolling the dice, getting energy based on the number rolled, and expending it on random received cards (based on the 15 cards custom deck made by the player). Those cards are used as advantages during real-time battles and have different effects, falling into five categories: Weapon, Attack, Hazard, Defense and Cheat.
Mostly of these cards rapidly become obsolete, be it for its low damage, slow use or difficult maneuver against enemies that quickly become stronger and faster as you progress. Even so, some of these card are still userful for strategies, but, another mistake of the game, there are no options to save your decks, what discourage players to try and test new card arrangements - knowing they must reorganize their main deck over and over again (it if they remember what cards they used in it).

Adding to the before mentioned facts, the last problem of the battle system (that is quick perceived as you progress) is: There is no dynamicity. After building a userful deck, all battles become just the basic of it: Roll the dice, get energy, use energy on cards, use cards, repeat!

Concluding, Lost in Random is a good game, but it could've be even better if due care and polishment were made, also if its battle system was better planed, avoiding the repetitive loop of sames that it becomes.

A good and simple game, where you must watch fragmented videos of a case and, to see more, you must use a search engine that filters the videos by the words said in it. The story (the case) is interesting and the search mechanic is fun to use, resulting in an enjoyable experience to uncover what happened.

A game with a very good idea, but with a terrible execution.
The graphic and OST are good, the story is acceptable, the level design is very interesting (with good doses of exploration), but the battle (that is a major focus of the game) is horrible, what makes the progress of the game very frustrating.
The game frequently fails to read your inputs, resulting in wrong combos or missed parrys. There is a lot of combos, but you'll end using only 2-4 of them, since grand part are useless or slow to use against lots of enemies. The parry doesn't work always - sometimes the game will read your parry and start the animation even if you parried much before the attack, other times the game will simply forgot what is a parry function, letting you take heavy damage by an enemy combo that you're trying to parry but the game is just... nah.
That turns the game into a repetitive and boring experience, where you just wanna rush the 7 chapters to finish it before as possible, which is very sad.

I have not enough words to say how good this game is.
Death's Door is a Souls-lite game where the main character (a crow that work as a reaper) must retrieve the lost soul that was appointed to him.
Its graphics/arts, OST and level design are fenomenal. The difficulty is good - the game has some very friendly mechanics for players new to this genre (like a lot of unlockable shotcuts to help you get back faster to where you died), but also keeping the difficulty still enjoyable enough even for veteran players.
The story is good and the NPC's you meet are fun and simpatic (that's something this game is very good at be: Simpatic)
There is a lot of content to look for while exploring (itens, weapons, upgrades) and also post-game contents.
A totally worth experience if you like the genre.