Sonic+Kirby x LakeFeperd= um BAITA jogo que vai ficando cada vez melhor, com uma OST fantástica, fases e história memoráveis. A falta de balanceamento dos poderes e a facilidade são corrigidas na segunda campanha, que surpreende com cada vez mais conteúdo. Meu jogo BR favorito!

A maneira com que as transições de fases são feitas, as cenas e os diálogos (que DEVERIAM estar em português >:( ) e toda a beleza do jogo me encantam. A vibe da fase de Lava sem inimigos, com aquela música, é única!
Os poderes são legais, mas o grande problema do jogo é como tem uns que são MUITO superiores a outros e você não perde tão fácil quanto em Kirby- Passei o jogo todo com Edgy e mais algum outro dependendo da situação. A campanha do Fark é superior por causa disso: você tem poderes fixos e o parry combinado com fases e inimigos mais difíceis te deixam muito mais empolgados, junto com os novos chefes.

Eu vejo esse jogo como uma cartas de amor e não tô conseguindo expressar isso aqui. Uma carta de amor pros jogos em que se inspira, às memórias de nós que os jogamos na infância, ou até mesmo uma carta pra mim, uma pessoa que acompanha o Feperd desde a infância a partir do Sonic After the Sequel. Só sei que me diverti e sorri muito jogando isso daqui duas vezes seguidas direto. Um dos jogos que mais gostei nos últimos anos!

Reinventando a franquia, TR2013 tem um saldo positivo e é um jogo divertido. Mas é impossível não imaginar o quão melhor ele seria se fosse ainda mais a fundo nas suas novidades- Esse é um jogo de MEIAS-MEDIDAS.
Originalmente joguei esse jogo com 12-13 anos quando ficou de graça na Live Gold, mas mesmo na época notei seu maior problema: O TOM, que estabelece um mundo extremamente brutal e nocivo pra jovem Larinha, mas ao mesmo tempo as consequências dessa brutalidade não existem. É claro que em filmes e jogos de ação é comum vermos os personagens se machucarem de jeitos "insobrevivíveis", mas isso passa muito do ponto nesse jogo, o que corrompe o tom sombrio da história e do ambiente. Dissonância ludonarrativa é uma coisa que eu costumo não me incomodar, mas aqui ela é inversa da maioria dos jogos: quando em controle, a Lara é uma máquina de matar e expressa isso verbalmente de maneira totalmente canônica até mesmo em diálogos, mas durante as cenas alguns soldados a apavoram, e o pior: PERSONAGENS MORREM POR ISSO, e de machucados muito mais fracos que os de Lara, ou até mesmo os seus próprios machucados anteriores! Chega a dar raiva! Não consigo acreditar no perigo da situação quando Lara é o Wolverine dentro e fora das cenas e todos os outros são meros mortais. É isso que chamam de "plot armor"?
Já virou até meme a Lara matar sua primeira caça, ficar triste e depois matar mais 200 animais sem reação, e matar seu primeiro humano, chorar e depois matar mais um milhão em seguida, e eu até ia falar que o jogo segue essa linha, mas parando pra pensar, ele não segue linha nenhuma e é inconsistente o tempo todo, onde as regras do mundo nunca são claras ao mesmo tempo que tentam te convencer de uma situação séria de sobrevivência.

E como se sobrevive? Caçando animais e coletando frutas, pra come... ganhar XP. Tudo é XP. O motivo da Lara decidir caçar é pra comer, mas como quase tudo no jogo, só serve pra evoluir de nível e comprar habilidades sem graça, onde mais da metade de uma categoria que só libera depois da metade do jogo consiste em habilidades que te fazem ganhar mais XP. A progressão de nível é insatisfatória e as skills são tão básicas que umas já vem nessa versão GOTY e você fica em dúvida em qual escolher por não estar muito interessado em nenhuma.
Os novos elementos de Crofting (que engraçado) e a DLC de sobrevivência do Rise, que joguei em 2020, mostram como a sobrevivência deveria fazer parte dessa reinvenção, pelo menos nesse primeiro jogo, e absolutamente tudo servir só pra xp só agrava a situação. Parecia que teriam muitos elementos de sobrevivência mas decidiram tirar no meio do desenvolvimento. Não acho que o jogo precise de fome e sede, porém algo parecido com o sistema do RDR2 me parece o mínimo, mas aqui não temos nem barra de vida (já que ela é a Arma X- e não tô falando da antiga IA dos Piratas) ou stamina, causando mais um ferimento a temática e ao tom do jogo.
Quando algo não te dá XP, dá peças, e isso também inclui tudo, até mesmo os grandes baús dourados das (poucas) Tumbas perdidas há séculos te recompensam com peças ao invés de algo interessante. Sabe a filosofia de fases do Mario, de apresentar uma mecânica em três etapas deixando cada uma mais complexa? Então, as 8 tumbas parecem todas ter sido feitas com esse pensamento, só que contendo apenas a primeira etapa, até mesmo a de DLC, que é a melhor mas continua extremamente fácil (e ainda é bugada) assim como o resto do jogo. Eu deveria ter escolhido difícil, pois morri só umas 3 vezes em combate. Lembra que era pra ser um jogo sobre uma pessoa numa situação brutal de vida ou morte? Pois é.
As peças (que você não queria) servem pra evoluir as armas, na única progressão decente, e você coleta peças de armas específicas (em caixas comuns, ao invés de serem recompensas de tumbas ou algo mais interessante) pra magicamente transformá-las em outras. Temos só um arco, pistola, fuzil e escopeta, mas a evolução faz com que a quantidade não seja um grande problema.
As tumbas também nos recompensam com um mapa dos colecionáveis da área, marcando todos no mapa, como se já não fossem fáceis de achar, incluindo o próprio mapa separado. Eles são bem simples e não adicionam muito, até mesmo os que são bons, no caso, as relíquias e documentos. Lara os lê, obtém informações relevantes, dá sua opinião sobre mas continua agindo como se não soubesse, e só vai desvendar o motivo do rapto de Sam perto do final quando já tá óbvio há AAANOS! Os documentos são opcionais e mudar as cenas de acordo com o jogador seria complicado, mas que deixassem esses que revelam o mistério obrigatórios ou os tirassem, por que do jeito que ficou, combinado com a inteligência da protagonista ao analisar as relíquias, parece que a Lara é uma "jênia".

Sobre ela, eu até gosto dessa versão, mas nesse jogo que diz ser sobre ela temos muito pouco dela. Basicamente reações a acontecimentos e coisas básicas de sobrevivência, como querer salvar os amigos. Até mesmo a famosa CG inicial é extremamente curta e o desenvolvimento dela não é muito notável e algumas de suas reações não parecem condizentes com os acontecimentos. Ao final do jogo, ao invés de refletir sobre a jornada traumática que vivenciou e como isso a mudou, ela reflete sobre seu pai falecido, e decide que quer mais aventuras. Mas ok, não era isso que você queria no começo do jogo também?
O visual dela foi alterado da melhor maneira possível, fazendo com que seja muito menos sexualizada (o foco agora é no cabelo perfeito) mas ao mesmo tempo fiel, e a calça rasgada e amarrada mais pra frente foi um detalhe fenomenal. Isso também vale pro resto do jogo, que é lindo pra época e tem uma direção de arte muito boa com um bom level design a lá metroidvania. Minha fase favorita é a Favela e o monastério em chamas também seria se não fosse mais uma parte do mapa feita pra setpieces que não podemos voltar.

Joguei a versão da Epic que ficou grátis há um tempão e não posso recomendá-la, já que ela vem com os problemas da última atualização, incluindo crashes por qualquer coisa se você não mudar pra inglês toda vez que abre e quase todo o hud pra fora da tela, e você não pode fazer o downgrade da versão na Epic.

Esses são alguns dos vários pensamentos que eu tenho sobre o jogo, que é uma boa aventura cheia de ação, mas poderia ser muuuuuito melhor se se entregasse ao seu próprio slogan "A survivor is born". Quando o joguei em 2014 achei muito melhor, até porque jogos AAA lindos assim e em português eram como um oásis pra mim. Por ser muito burro pra jogos na época (sério, eu era muito) eu empaquei no puzzle do elevador e achei que tava até bugado (sim, amor...), que é a única "tumba" obrigatória, e só consegui terminar no ano seguinte olhando no celular e me achei muito imbecil por ser tão simples. E é mesmo. E sou mesmo.

Escrevi isso aqui sem a intenção de ficar enorme, mas ficou, e tenho certeza que já pensei em muita coisa que o deixaria melhor mas não me lembrei. Basicamente "botei os pensamentos no papel" e nem revisei, tô aqui há séculos, já tô com 2h30 de brown noise, cheio de fome e tô sentindo mó cheiro de podrão... que delícia. Deve ser de vizinho pq não tem nenhum perto. Queria ter um bebezõe's na minha porta que nem a Marcelle, ou que a Barraquinha do Mamona tivesse se mudado junto comigo. Tá bom, eu vou caçar algo pra comer.

A série Fancy Pants coloriu a infância de muitas crianças brasileiras nos sites de jogos Flash como o Click Jogos por ter fases legais, sons e músicas marcantes e principalmente a flúida movimentação e animação do personagem. Eu fui uma delas.
Mesmo que eu não conseguisse ir muito longe nos jogos, eu os amava, e amava ainda mais o personagem que nem rosto tem. Eu fazia desenhos, histórias, e até o fiz como lutador no PhotoDojo. Não consigo descrever como os jogos de Brad Borne impactaram minha infância, e sinceramente eu deveria procurar dar mais atenção aos jogos Flash da minha época.

Esse primeiro grande jogo ""oficial"" mantém todas as qualidades que já somos familiares, e adiciona novas mecânicas pro personagem, como o combate duvidoso, e pros níveis, como os rails e paredes, formando uma aventura muito mais completa... até certo ponto. O jogo é curtíssimo, tem umas 3 horas, e acaba repentinamente com um "Continua..." e promete uma parte 2 que não veio até hoje, e o Brad tá sumido.

O Remake do primeiro jogo tá incluído e jogá-lo com minha mulher foi uma viagem nostálgica, e eu os joguei tanto que os níveis e músicas estão grudados na mente até hoje, e foi muito divertido.
Os modos extra adicionam um pouco de diversão a mais, principalmente por serem multiplayer. Se eu ainda fosse aquela criança eu iria amá-los, mas na verdade não são nenhum destaque.

Esse game vale muito a pena pros fãs da séria e pros viúvos de Sonic Advance (e o momentum aqui é absurdo de bom).
Porém, décadas se passaram e não temos um jogo completo do Fancy Pants, personagem tão icônico da era Flash que tem um lugar especial no coração de muitas crianças dos anos 2000. Quero muito que um dia isso deixe de ser verdade, porque o potencial (e a minha vontade de dar 5 estrelas) é tão grande que é de quebrar o coração!

RE RE RE é um exemplo de REmake a se seguir: Melhora tudo, traz novidades e se mantém fiel a obra original, que é uma peça tão essencial para a história dos games que, como alguém que já se banhou com os resultados de suas influências, me sinto incapaz de avaliá-lo.

Joguei junto com a Marcelle, e obrigado viu amor? Sem você eu nunca teria parado pra jogar esse clássico. Mas o 7 definitivamente continua nosso favorito :P
Foi uma boa experiência, e o guia foi o nosso outro companheiro. Mas larga isso de por todos os jogos no fácil, por que isso certamente tirou muito do suspense daqui! MEDROSA

Link's Awakening é diferente, ousado e absurdamente lindo. Aqui temos todas as características que fazem um ótimo Zelda 2D, mas muitas delas são "customizadas" pra se adequar a um mundo que não é Hyrule- e o novo protagonista- a Ilha Koholint.

Tudo parece ser feito milimetricamente com um cuidado enorme e o mundo se conecta daquele jeito que só Zelda faz, com MUITA personalidade. Os habitantes e suas habitações, as florestas e os lagos, todos marcantes. Apesar disso, senti que o equilíbrio entre Dungeons e exploração é falho- as vezes vamos quase direto de uma pra outra ou ficamos muito tempo explorando- fora os chefes fáceis.
Eu entendo o que esse jogo tenta fazer em relação a história e quase funciona comigo por como o mundo é retratado e pela linda trilha sonora, mas acho que eram necessários mais diálogos como o do tronco na praia e mais "ser um personagem" do Link. aí sim o final bateria muito forte, como o de Majora's Mask.

Confesso que depois de Breath of the Wild me senti bastante "preso" jogando um Zelda clássico, mas fico EMBASBACADO de imaginar que isso daqui era um jogo de Gameboy, sendo digno de sequência do ALTTP, e não uma versão mais simples do seu antecessor.
E aqui tem pulo antes de você BOTW!!




Sumi desde outubro por estar sem disposição pra escrever. Continuo sem, mas vamo lá.

O clássico atemporal que definiu o que videogames seriam a partir desse ponto. Todos os elogios já estão dados e nunca será possível medir o impacto do salvador da indústria.

O ponto negativo é que, sabendo como são as várias versões evoluídas dele, algumas coisas impressionantes não me impactam, ainda mais por já o ter jogado mil vezes mas nunca ter conseguido chegar ao final. Dessa vez, foi numa tacada só e isso só mostrou como as últimas fases vão caindo um pouco na mesmice, além de eu me sentir besta por nunca ter o zerado antes.

Não joguei tantos jogos focados apenas em sandbox, mas depois desse, o interesse subiu muito.
Toda a estrutura do jogo é montada pra que esse seja um parque de diversão do humor negro, da violência e de tudo que políticos dizem que videogames são, e ele é um mestre nisso. Esse parque tem muita personalidade e é extremamente memorável, com vários locais únicos que são realçados pela escassa trilha-sonora e pelos NPCs idiotas, parodiando perfeitamente quem ele quiser, num loop de gameplay surpreendentemente gostoso.
É uma pena que as armas não acompanhem a loucura do resto do jogo. A maioria são armas normais encontradas em outros jogos, e as mais distintas foram adicionadas através de DLC, o que faz esse problema maior ainda.

O suporte que esse jogo teve ao passar dos anos é impressionante, mas é uma pena que Paradise Weekend, incluso nessa versão, não consiga chegar perto da qualidade do jogo original, mesmo com uma boa tentativa de linearidade chutando o balde na loucura.

Um ótima experiência que vou me lembrar com muito gosto. Como é bom cortar pessoas no meio e depois mijar nelas :')

Um presente pros fãs do Mestre, e um presentão pros fãs do Mestre e de Sonic.
Se você se enquadra em algum dos dois, jogue.

PS: Infelizmente praticamente mais nada da SAGE tá aqui no site, mas RAD VENTURE é um título que vale muito a pena ficar de olho!

Um dos motivos que eu sumi daqui foi por empacar só de pensar em escrever sobre esse jogo. O jogo que eu esperei por tantos anos, fiz pré-venda por 200 reais, e que tenho vinte opiniões formadas sobre cada centímetro dele.
Como explicar minha experiência? Como explicar que sentimento da volta da boa caracterização dos personagens é como reencontrar um velho amigo? Como explicar que chorei de felicidade e pulei na cadeira como em um comercial no primeiro Titã, e como o meu coração acelerou depois de decifrar a metalinguagem das músicas? Como explicar o sentimento de ver minha coisa favorita voltando aos trilhos de maneira incrível, depois de tantos anos ruins, de um jeito que parece que foi feito exatamente pra mim?
Ao mesmo tempo, explicando como esse jogo é falho e que mesmo se livrando da maioria dos problemas da era anterior, não se livra das garras dos engravatados da Sega que obrigam a Sonic Team a lançar um jogo em beta, ou até mesmo alfa, totalmente rushado e inacabado?

E como explicar como é depois de todos esses sentimentos, estar aos poucos perdendo a visão e sabendo que provavelmente jamais verei a continuação desse sonho unidirecional?

Escrever um textão sem muito critério como o de Tomb Raider? Uma análise minuciosa como a de Ghost of Tsushima, ou uma crítica dissecando cada tópico?
Eu sei que eu posso falar sobre qualquer elemento com muita propriedade, afinal, não tem nada que eu ame mais que Sonic e platinei esse jogo com mais de 40 horas. Posso ficar mais horas ainda reclamando de momentum, falando como amo o Ian Flynn, sobre a reutilização no Cyberspace, sobre a árvore de habilidades pior do que a de Tomb Raider e dizendo "Eu disse!" sobre o fato de que independente da qualidade do jogo teríamos um álbum maravilhoso liderado por Tomoya Ohtani (E Kelin Quinn!!!) que eu não consigo parar de escutar, ou sobre como eu amo que a comunidade de mods não vai me deixar desinstalar o jogo.

Mesmo assim, sei que nada vai ser o suficiente. Nada vai explicar minha conexão com esse jogo. E nada vai explicar como uma alegria tão grande é o combustível pro meu maior medo.

Se você é fã, saiba que Sonic voltou, mas não esqueceu dos últimos 10 anos. Ele fala isso na sua cara, fala como foi ruim e te diz que tá tentando melhorar. Esse é o primeiro, mas grande passo. Conseguindo ou não, ele vai continuar tentando até o fim, e essa luta tá só começando. Se você é fã, jogue.

Esse fangame é pra mim aquela coisa gostosa na vitrine de um lugar inacessível. Você tá com brilho nos olhos, mas não tem acesso por um motivo ou outro.
Antes era por não ter PC. Depois, foi por decidir esperar a versão completa pra ter a experiência total e se contentar em ver gameplay da Kingdom Valley no youtube.

Eis que depois de zerar o Frontiers, no hype máximo durante um teste do parsec depois de mais de um ano (que agora funciona excepcionalmente) com a Marcelle, decido baixar pra nós jogarmos. Depois obviamente não resisti e joguei tudo que ele tem pra oferecer.

ChaosX, eu tiro meu chapéu, me ajoelho e faço o que você quiser. Você é uma lenda. O cara nunca jogou o original, desenvolve isso a 20Fps e conseguiu trazer a tona o que 2006 queria ser se fosse 2007. Óbvio que vários problemas continuam, mas meu deus... SEGA, HIRE THIS MAN.
Ansioso demais pela versão completa. Até lá eu aprendo a aplaudir com os pés e com as orelhas pra chegar perto de demonstrar o que esse cara merece.

Eu tinha um amigo no ensino fundamental que se chamava Pedro Paulo. Assim como eu e todos os garotos da nossa sala, ele emprestava seus jogos de PS2 em troca de outro jogo emprestado pra ele. Afinal, toda vez que íamos no camelô tínhamos que rezar pro jogo que a gente queria estar lá, o que nunca acontecia, e essa era a única maneira de jogar muita coisa.
Eu, fanático por Sonic desde criança. emprestei Need for Speed Underground 2 pra ele em troca de Shadow The Hedgehog assim que soube que ele tinha o jogo. Era 2011, final do ano, e eu tinha acabado de me mudar pra cá. Num entardecer meio nublado, com a televisão de costas pra porta da varanda de maneira improvisada em cima da parte do meio da estante da TV que hoje uso como mesa também improvisada, eu coloquei o jogo no meu console um pouco depois de chegar da escola, lá pras dez pras seis.
Eu tava muito animado, pulando sentado no chão ansioso pra jogar esse jogo do Sonic que eu mal conhecia, mas meu amigo falou muito bem e tinha uma capa e contra capa esteticamente maravilhosas pro meu gosto até hoje.

Tela com a logo do console. Ok, funcionou.
Uma mensagem do jogo mostra que eu não tenho memory card, ok, vejo isso todo dia quando tenho que recomeçar os jogos do zero toda vez que vou jogá-los. Aperto X pra confirmar e escuto esse efeito sonoro com a tv num volume bem alto: https://youtu.be/wxsZmmxUgkM?t=120
O negócio já fica assustador aí, mas depois vem aquela intro que é linda até hoje. Eu assisto, gosto, mesmo estando bem desconfortável, e amo a música. Só tem um problema...

Na última cena dela, Shadow, armado com uma arma da vida real, mata Sonic e voa na direção da câmera. Na minha direção.

Meu coração fica extremamente acelerado, e eu morrendo de medo, desligo o console imediatamente. Pego o jogo, ponho de volta na capa e afundo ela na minha mochila da escola pra ficar fora de vista. Eu tava apavorado, não dormi bem e o devolver foi a primeira coisa que eu fiz na escola no dia seguinte, dizendo que não gostei.
Essa é a minha história com esse jogo.

Depois das férias eu já sabia quem era Shadow e não tinha medo, aliás, eu era viciado naquela intro. Só tinha um traumazinho com a experiência, como dá pra perceber pela quantidade de detalhes que me lembro.

Agora finalmente o joguei, depois de 11 anos, nessa versão melhorada acompanhado da doce @cellerepe que me deixa sem medo de qualquer coisa. A versão Reloaded ajuda em bastante coisa, mas o jogo é basicamente tudo o que dizem só que um pouco menos pior, e absolutamente perfeito nos aspectos fora da gameplay e história. Foi uma experiência sofrível pra nós dois que vale a pena só pros fãs mais hardcore ou pros interessados nessa pérola que é 1000% produto do seu tempo, o que me faz ter um carinho enorme por uma parte dele, e isso usando saves e esse mod. Mesmo assim, valeu muito a pena pra mim.

Depois das férias veio o quinto ano, e com ele um Pedrinho sem medo de intros com violência cartunesca, pelo contrário, ele amava isso. Ele tava pronto pra pedir Shadow The Hedgehog emprestado pro amigo e finalmente ver como o jogo era fora de vídeos 240p de partes do jogo no Youtube que só o deixaram mais interessado. Ele tava pronto!

Pedro Paulo saiu da escola e nunca mais o vimos. Na época procuramos muito por ele, e até hoje amigos que mantenho contato falam sobre isso, e volta e meia procuramos por ele em redes sociais, por amigos de amigos e por aí vai. Até o telefone da casa dele tinha mudado, e ele era um cara legal demais.
Eu queria muito não ter tido medo, ter jogado e com certeza curtido, ou invés de ter passado o resto da infância inteira querendo muito jogar e vendo AMV sem parar. Queria que fosse diferente e a nossa amizade continuasse até hoje. Mas as coisas são do jeito que são, e eu não posso mudar, então obrigado por essa história, Pedrão. Não esperava que me emprestar aquele jogo fosse me jogar numa saga de mais de uma década, né? Espero que você esteja bem, e que tenha curtido o Need for Speed Underground 2 que eu troquei pelo seu Ultimate Spider-Man, que não funcionou.

O Ragnarök chegou, e ele é exatamente como eu esperava: é o jogo anterior, só que maior e melhor.
É aquele tipo de jogo que é mega semelhante ao seu antecessor, mas corrige os erros dele e expande ainda mais os conceitos já conhecidos e elaborando uns novos aqui e ali pra deixar as coisas interessantes: o combate e os sistemas de RPG me fizeram experimentar como nunca antes, os cenários são maiores e ultra detalhados, mais personagens importantes na trama, mais inimigos (ufa!), mais chefes... mas mesmo assim não tem a "mágica" do primeiro, e a razão disso é muito clara pra mim.

Mesmo que a história se passe no fim do mundo nórdico, Odin, Thor e Loki estejam presentes e a escala seja muito maior, em nenhum momento a sensação de urgência e ansiedade sobre os acontecimentos a vir esteve presente, coisa que era presente constantemente durante a última história sobre levar as cinzas de uma pessoa a um lugar distante.
Sim, tem o fato de antes estarmos sendo introduzidos a um mundo totalmente novo sem ideia do que aconteceu pra um Kratos totalmente novo estar ali, mas o mistério não deixa de pairar o tempo todo sobre a nova trama também. O problema é que...
O RITMO DO JOGO É TERRÍVEL

Nada parece urgente. os personagens fazem questão de dizer o tempo todo que tudo pode esperar, e praticamente todos os grandes acontecimentos ficam no começo ou no final. Você passa o jogo todo sentindo que tá "no meio" mesmo avançando por tantos locais ferrados pelo imperialismo de Odin.

O conteúdo secundário é a melhor coisa desse jogo. Na indústria atual, jogos AAA abusam de sidequests repetitivas pra aumentar o tempo de jogo e te recompensar com uns equipamentos, dinheiro ou algo parecido.
Em GOW Ragnarok, as sidequests te apresentam histórias envolventes com chefões, personagens da história principal, worldbuilding, lore, desenvolvimento dos protagonistas e novas áreas gigantes que se o jogo fosse publicado por outra empresa seriam DLCs, e tudo isso com qualidade de campanha principal, e em grande quantidade. A recompensa delas segue o que eu falei de outros jogos, mas entregam muito da história do que aconteceu ali quando não estávamos presentes, incluindo coisas muito importantes pros personagens. A área da Cratera de Vanahein é um exemplo a ser seguido, e todo esse reino é uma aula em como deixar um level semi linear DENSO até não dar mais.

O problema é que até isso atrapalha o ritmo. Grandes áreas e grandes sidequests são apresentadas em momentos críticos da história. Um personagem acabou de morrer na última cena? Ok, toma aqui essa área com 5 horas de conteúdo opcional. Tá num momento de extrema urgência na história, tendo que correr pra falar com os personagens sobre o que aconteceu? Toma aqui essa quest enorme que te tira do caminho!
Não sei se ficou claro, mas o problema é o MOMENTO que essas quests e áreas aparecem, não a existência delas, que é o ponto mais alto do game, somado com a total falta de urgência numa história de apocalipse.

Mesmo assim, esse é um jogo de gameplay visceral incrível, e se tu gosta do quarto vai sem medo (só do preço), mas que infelizmente não deixa o sabor de uma grande aventura épica, mesmo com o final que emociona fãs, pelo ponto negativo enorme que denigre tudo.

Jojo, muito obrigado por me passar o jogo!

New Super Mario Bros Wii trouxe Mario 2D de volta pros consoles de mesa, sendo uma sequência do jogo portátil. Trouxe, pela primeira vez, multiplayer de 4 jogadores na campanha e três novos power-ups, incluindo a volta do Yoshi e dos Koopalings como chefes!

Também foi esse jogo que solidificou a era "Safe" do Mario.

Quase todos os assets são reutilizados do jogo anterior, os temas de mundo, mecânicas de fase e até as músicas. Os níveis feitos pra suportarem 4 jogadores parecem vazias, e além dos irmão Mario, os personagens são dois Toads genéricos. Dos três novos power-ups, dois são quase idênticos, sendo que um deles é "novo" só em 2D. Ah, e o Yoshi que tá tão presente no marketing do jogo só tá presente em umas 5 fases e ele fica pra trás quando você as termina, e os Koopalings são chefes chatos e sem inspiração.

Sem inspiração é o termo chave do jogo, mas isso não é o pior. Ele reutiliza o jogo anterior quase inteiro mas arranca toda a sua personalidade e originalidade, e define uma nova era em que todos os jogos são enlatados baseados nesse.
O multiplayer é legal e ajuda a melhoras as fases sem-sal, mas a colisão entre os personagens atrapalha bastante e os modos competitivos são uma piada- até hoje não tem nada como a batalha de estrelas do NSMB1.

É @cellerepe, valeu apena jogar contigo, mas não tem nada de novo aqui. Já vimos tudo antes e só o mundo 7 empolga um pouco, e é curioso ver que esse era o que eu sempre jogava na casa de amigos. O resto do jogo nos deixou com "poker face" a não ser pelas nossas interações um com o outro (pegar no colo pra tentar matar) enquanto jogávamos impressionantemente mal. Jogos do Mario geralmente me fazem ficar grudado até o 100%, mas esse me fez esquecer do jogo após zerar, e ainda por cima gerou 10 anos desinteressantes.

Esse jogo trata-se de uma DLC Stand-alone glorificada que troca o protagonista por outro com novas habilidades mas moveset muito menor, repete quase a mesma história só que de maneira muito mais corrida e rasa, repete o mapa mas o modifica o suficiente pra que pareça distinto (neve e epidemia de grafite) e resulta numa salada de frutas com uva-passa e sem morango.

A base do jogo anterior tá ali, mas não é melhorada o suficiente pra fazer mais do que agradar e o Miles ter menos ataques e gadgets piora a questão. O "exagerated swagger" tá ali no web swing, mas ele continua com os defeitos do anterior, assim como o mundo caça-ícones.

Eu adoro como nos últimos anos o Miles finalmente deixou de ser um Peter Preto e se tornou um personagem distinto e com suas próprias características que eu amo, apesar de cada universo ter boas diferenças e um parente morto diferente, mas apesar de também gostar dessa versão não acho maneiro o "mundo" dele ser tão tecnológico, ainda mais com o do Peter desse universo também sendo. Falando nisso, o maior problema desse jogo é o OVERDESIGN, quanta coisa "tech" feia que tem nesse jogo, incluindo as roupas alternativas!
O desenvolvimento dos personagens não é de todo ruim, mas é apressado e muito previsível. As vezes parece que tu tá vendo uma versão sessão da tarde com cenas cortadas.

No final essa é mais uma aventura de auto-descoberta de um Homem-Aranha. É boa, mas em quase nada superior ao anterior, e inferior em vários aspectos, apenas com um "Filtro" por ser o Miles, que realmente é cheio de personalidade. Eu amo ser o Homem-Aranha, mas pela falta da grandiosidade do jogo anterior e falta de evolução nas coisas minimalísticas, esse aqui é só... Bom.



Minhas altas expectativas não foram atendidas. Spark 2 faz o salto pro 3D mas com isso deixa pra trás quase tudo que tinha de Kirby e faz o combate "esquipável" e esquecível, até nos chefes que duram no máximo 1 minuto. A história não engrena até o final e é mal contada por cenas que não funcionam muito e que só prestei atenção por causa do jogo anterior, e o pior, a gameplay não é precisa e desafiadora como no 1, e sim bagunçada e imprecisa (EU ODEIO LOOPS SEM PARAPEITO).
Infelizmente não tive a vontade quase urgente de rejogar como foi no anterior, o que me deixou triste, ainda mais por ter zerado numa tacada só. Esse jogo não deixa muita marca, mas continua sendo competente e entregando vários momentos divertidos pros fãs de Sonic Adventure e continua valendo a pena. Só o que eu joguei da demo do 3 eu gostei muuuuito mais!