Veredito: Difícil, bonito e recompensador.

Celeste é um plataforma simples e direto: 7 fases, chegue no fim da fase pulando pelo caminho. Mas é muito, muito mais que isso.

A história não é grandiosa. É íntima, e uma metáfora linda: uma garota com depressão escalando uma montanha, onde aquela parte de si que ela odeia ganha corpo e voz. Alguém lidando com uma doença mental que mexe com seus sentimentos. E conquistando sua montanha, tanto simbólica quanto literal.

Essa filosofia invade a jogabilidade. Celeste é MUITO difícil, mas deixa claro desde o início que você consegue. Que tem como chegar lá, basta respirar e tentar de novo. O seu tanto de erros é motivo de orgulho, porque quer dizer que tu tá aprendendo. E tudo bem precisar de ajuda.

Sem falar na quantidade obscena de coisa pós-créditos. Quanto mais joga e quanto melhor tu fica, mais fases secretas o jogo tem, cada vez mais difíceis, mas sempre dentro da sua capacidade. Não lembro a última vez que um jogo me deixou tão orgulhoso da minha própria habilidade.

Veredito: Fodástico.

Assim como Chrono Trigger está pros jRPGs, assim como Banjo-Tooie está pros plataformas 3D de colecionar bugigangas, ou como Zelda Twilight Princess está pros jogos épicos de aventura... Também do mesmo modo, Hollow Knight está para os metroidvanias.

Se você gosta do gênero, não existem desculpas: você tem que jogar. ❤

Veredito: frenético, simples e divertido.

Um sucessor espiritual dos Sonic's de Mega Drive, pro melhor (velocidade, 3 personagens com habilidades diferentes, colecionáveis legais) ou pro pior (sistema de saves arcaico, dificuldade às vezes injusta). No geral é um pacote mais completo que os Sonic's velhos: a dificuldade é ajustável, os chefes são mais legais, tem bastante conteúdo extra.

A apresentação ser parecida com Star Fox e Gunstar Heroes - guerras interplanetárias e tiros laser vindo de todos os lados - também não atrapalha. ❤

Veredito: divertido e caprichado pra cacete.

Não sou um jogador super exigente. Me dá umas fases pra passar, uns inimigos pra matar, uns tesouros pra pegar que eu já fico feliz. Na mão de criança, tudo é brinquedo.

Shovel Knight é um brinquedo, e dos mais legais que já brinquei. É o contrário de reinventar a roda. Ele faz apenas e tão-somente o básico: te diverte. Mas faz tanto isso, mas tanto, e tão bem feito, com tanto carinho, tanto capricho... que dá até gosto.

É cientificamente impossível gostar de videogame e não se divertir com Shovel Knight, vai contra as leis da Física. Mate os inimigos. Colete os tesouros. Passe de fase. Coloque um sorriso no rosto. Enxágue e repita até zerar. Ah, e dá pra dois, local e online!

Mal posso esperar pra jogar as expansões.

Veredito: fofo, curtinho e minimalista.

Existem jogos que fazem muito usando bem pouco: Braid, Zelda 1, a trilogia Ace Attorney... E aí existe Thomas Was Alone. Thomas é tão simples e minimalista quanto possível: você controla retângulos pra chegar ao fim da fase, e só usa o direcional e o botão de pular. Poderia ser fácil um jogo de Atari, se não fosse o narrador dublado.

Mas nessa premissa minúscula, consegue fazer caber mais de 100 fases - todas super curtas, óbvio - e uma história mega bonitinha, vomitadora de arco-íris, digna de livro de histórias infantis. Na qual as IAs são os heróis, e no fim do jogo Thomas já tem tantos novos amigos que o nome nem faz mais sentido.

E é tão curto que dá pra platinar fácil em uma sentada. ❤

Veredito: bonitasso e competente.

Gira em torno da relação entre uma cantora que perdeu a voz e o seu amante, cujo espírito habita a espada que você carrega o jogo inteiro, numa cidade distópica com conspirações políticas. O combate é excelente, a história é super bacana, e as músicas e direção visual são lindíssimas. Como eu poderia reclamar?

Jogos (e arte em geral) devem ser julgados não pelo que esperamos deles, mas pelo que são no fim das contas. E pela experiência que temos com isso que eles são.

Transistor é diferente do que eu esperava. Falavam que era um puta jogo fodão pra caralho, e achei que fosse ser algo de outro mundo, com uma história que me fizesse chorar horrores. Mas não. É só um RPG muito bem feito. E tudo bem.

Veredito: fantástico e atemporal.

Tem um bom motivo pro Shigeru Miyamoto ser chamado de 'mago dos games': é porque ele merece. E Mario 64 é prova disso.

Quase 25 anos depois, continua uma delícia. Tem coisa que claramente envelheceu mal (a câmera merda, uma física esquisita aqui e ali) mas isso é porque este foi o 1º jogo na história feito pensando em 3D. Tirando esses detalhes, continua perfeito e extremamente divertido, e provavelmente vai continuar por muitas décadas ainda.

Se você gosta de videogame hoje, você deve alguma coisa a Mario 64. Ponto.

Platinado pela trizilhonézima vez. E certeza que ainda volto nele qualquer dia desses...

Veredito: a própria definição de marromenos.

É um jogo de ação decente, apesar da estética e combate genéricos. A história e puzzles são legalzinhos, e as acrobacias entre uma sala e outra são bacanas.

Mas impossível não comparar com outros jogos daquele momento. É um péssimo Prince of Persia, PRINCIPALMENTE depois de Sands of Time, que era incrível 2 anos antes. E na época vários jogos de ação já eram bem melhores. Não tem por que jogar, fora a curiosidade. É o clássico 'aluga por um finde, aproveita muito, e depois nunca mais'.

Veredito: pior que os outros Mario's 3D, mas bem bacana mesmo assim.

Pense numa continuação de Mario 64 tropical, expandida, esticada, maior, mais ambiciosa e MUITO mais mal testada.

Você vai morrer pelos motivos errados. Muito. Não dá nem pra esconder que ele foi concluído às pressas, sem o polimento que precisava, principalmente pra um jogo baseado em pulos precisos. Mario Sunshine é bom, divertido e vale ser jogado até o fim. É Mario 64 de novo, só que bem maior e mais parrudo. Mas nem se compara com a magia de 64, 3D World ou os Galaxy.

Veredito: o melhor do gênero, e ponto final.

A Lenda de Zelda é DISPARADA a melhor franquia de jogos de aventura no mundo dos videogames. Twilight Princess é, com folga, o melhor Zelda já criado.

Se você quer se sentir um herói fodão que salva o reino em uma jornada super épica, não precisa mais procurar. Só joga. Confia no pai.

(se possível joga a versão do Wii U, é bem mais bonita e tem umas alteraçõezinhas que super compensam) (se não puder joga a do Cube mesmo, ela continua fodona)

Veredito: legal e competente, mas só isso.

Basicamente um mini-Zelda de plataforma. Até o sistema de dungeons e os recipientes de coração estão aqui.

Não é ruim, muito pelo contrário: nunca joguei nada no GBC que conseguisse fazer tanta coisa, no gráfico e na jogabilidade. Cacete, o Game Boy só tem dois botões e eu consigo mandar combos dignos de jogos de luta. Só que fica repetitivo rápido, o sistema de dia/noite foi mal desenvolvido, e o final foi praticamente colado com durex.

Mas é um jogo curto, simples e bastante divertido, como tem que ser. Embora eu provavelmente não vá jogar de novo, gostei bastante do tempo que passei com ele.

Veredito: bom pra caralho, mas deveria ser melhor.

Já fazia mais de 10 anos que um Sonic bom tinha saído, então claro que Mania ia ser um puta sucesso. É um Sonic de Mega Drive melhorado: mais conteúdo desbloqueável, mais fases bônus, chefes melhores.

Mas tem um defeito imperdoável: conteúdo reciclado. Dois terços das fases são exatamente as mesmas de antes, inclusive as bônus. Não é um simples reaproveitamento de texturas e músicas. É literalmente o mesmo level design do Mega Drive. Eu passei de várias fases só pela memória muscular, mesmo nunca tendo jogado Mania antes.

Acho que era inevitável, é a 1ª vez que a Sega oficializa um fangame. Mas mesmo assim acaba sendo o único defeito do jogo. No mais, é pura festa para fãs do ouriço.

Vou esperar ansiosamente por Sonic Mania 2.

Veredito: bem básico, mas melhor do que parece.

No começo do DS, toda hora inventavam um jeito novo e legal de usar a tela de toque. Trauma Center foi desses. Você é o cirurgião e a caneta pode ser o bisturi, sutura, seringa, pinça ou o que mais um cirurgião precisar.

O que eu não esperava era ele ter chefes e uma história. Claro, nada revolucionário (basicamente relações interpessoais, OMS e bioterrorismo) mas ajuda muito a dar substância. Tanto enredo quanto jogabilidade acabam tendo mais profundidade do que parecem.

E é bem curtinho e cheio de conteúdo extra. Vale muito a pena.

Veredito: provavelmente o melhor FPS que já joguei.

E se a gente misturasse o que existe de melhor em filosofia, ciência política, crítica social, ficção científica e terror psicológico, tudo no mesmo pacote?

E se esse pacote fosse um jogo de tiro extremamente bem feito, com gráficos e direção sonora incríveis, dublagem impecável, level design top de linha, combate extremamente sólido e um ritmo e uma curva de dificuldade super bem balanceados?

Na moral, CADÊ o defeito desse jogo?!?!?!

Veredito: não é tudo o que dizem, mas é bom pra caralho.

Provavelmente o jogo mais elogiado que conheço. Desde que frequento a internet, um sem número de colegas vivem falando que ele é lindo, gostoso e isento de falhas. Mas por algum motivo eu nunca tinha dado muita atenção. Até agora.

E dá pra ver por que ele é tão querido. Ação frenética, músicas empolgantes, controles precisos, level design de primeira e inimigos super bem bolados. 'Isento de falhas' é um exagero. A curva de dificuldade nas últimas fases é meio inconstante, e os segredos nem sempre são intuitivos. Mas é divertido pra cacete, e isso não dá pra questionar.