18 Reviews liked by MrBombastic


Tem spoilers, de momentos, músicas, chefes, mecânicas. Não necessariamente de história.

Já que isso foi minha primeira run, vou considerar como “primeiras impressões” e por ser um action game, provável que eu mude de opinião (não necessariamente sobre a qualidade) ao longo que vou dissecando melhor o jogo e suas mecânicas (não esperava acompanhar tech labbing de um jogo novo tão cedo pós-Bayonetta 3 lol)

Queria primeiro agradecer ao John Johanas (diretor do jogo) por descrever o cerne do jogo como “acessibilidade para todo mundo se sentir bem jogando”, pois muito do que as pessoas discutem na internet sobre acessibilidade envolve Hidetaka Miyazaki, Souls e “a visão artística ao integrar o desafio como substância de seus jogos (ou qualquer merda que soe inteligente)” e, analisando bem, não invalido totalmente essas ideias ao mesmo tempo que não veria problema em oferecer mais opções pro player. É mais sobre qualidade de vida do que qualquer outra coisa. Trouxe esse exemplo porque é engraçado pensar de que, em contrapartida, exista um jogo, recente, com um budget não tão alto, sendo lançado de forma shadow drop e colaborando com o ecossistema do Xbox cujo o maior objetivo artístico é… ser acessível? E ser acessível pra que? Pra fazer qualquer tipo de jogador se sentir bem jogando.

E o que significa se sentir bem jogando? Game feel, em inglês. A sensação palpável de interagir com a virtualidade do videogame. Não é se sentir necessariamente bem, mas se sentir. Bom, no fim das contas, o “se sentir bem” acaba resultando da introspecção do próprio jogador, e assim, há jogos com controles propositalmente truncados pra passar o exato oposto do que é se sentir bem, mas, no caso de Hi-Fi Rush, a positividade do som, do ritmo, da música, tudo através da interação, é o que define esse jogo.

Ter tantas opções de acessibilidade, dificuldade, parâmetros adaptáveis e tudo sendo instruído da forma mais diegética e divertida possível, é o que provavelmente John Johanas tava falando sobre ao descrever esse jogo. A mecânica principal é “bater no ritmo”, mas na prática é “apertar” no ritmo, e, apesar de ter isso como seu maior diferencial no combate, o ritmo da música SEMPRE vai acompanhar os inputs do player, mesmo que ele erre o timing das coisas. É surreal como até em termos de proximidade entre as duas linguagens (música e game design) esse jogo é bem construído pra todo mundo jogar. Ninguém se sente diferente, de fora, menosprezado pelo jogo, é um game que consegue produzir dopamina a um nível em que a autoestima exploda de tão alta.

E mesmo com tantas preferências e controle sobre o jogo a ponto de automatizá-lo, ele é tão, tão bem construído que consegue manter o desafio em dia, rechear o design de inimigos com propriedades únicas, diferentes, criativas, a ponto de que praticamente o toolkit inteiro de Chai é viável pra maioria das situações. Faz o jogador compreender e querer aquilo, se sentir encorajado a testar várias ideias, setups, desafios autoimpostos, coisas do tipo. Me lembra até Devil May Cry 3 nesse sentido que, ironicamente, é o maior divisor de águas do gênero e compara-lo com um lançamento surpresa de 2023 é um elogio e tanto. Pra resumir, DMC1 era suco de resident evil, abordava algo mais básico com algumas nuances bem exponenciais, enquanto DMC2 era desbalanceado a ponto da pistola ter dano maior que a espada, DMC3 reformulou completamente o sistema de combate da franquia, adicionando estilos, um style meter refinado, inimigos mais reativos, etc. Com isso, DMC3 mecaniza a abordagem “estilosa” da série e acaba estimulando a expressão do jogador dentro dos parâmetros do jogo, o que também encoraja a criação e consequentemente aumenta a autoestima. Você se sentir parte daquele sistema através de combos, estratégias ou qualquer outro tipo de unidade na expressão do combate, elevou o gênero (hack and slash e posteriormente character action por hippies como eu) e cá estamos em Hi-Fi Rush se expressando não só através do lado mecânico da coisa mas também de forma musical e rítmica, e, pela comparação que eu fiz, Hi-Fi Rush é tão bom em ensinar o player a ritmar suas ações quanto DMC3 é em ensinar o player a criar e variar combos. Expressão -> Criação -> Autoestima.

E caralho, o jogo imprime essa ideia de “ritmo” de uma forma tão alastradora que até os OBJETOS NÃO-DESTRUÍVEIS DO MAPA DANÇAM CONFORME O RITMO DA MÚSICA QUE TÁ TOCANDO. Os passos do Chai também, o beat ao redor da 808, os inimigos, tudo. Repetindo um comentário que li do SetnaroX, esse jogo é um vídeo de combo jogável: tudo sincronizando com a música em prol do estilo e do… ritmo.

Dito isso, não sei até que ponto esse jogo é legal pra se jogar com essa mentalidade. Numa próxima run vou tentar me aprofundar melhor no jogo, mas gosto que os INPUTS são o que entram em sincronia com a batida das músicas, e não a animação do move em si. Isso cria uma dinâmica interessante, já que a maioria dos golpes podem ser cancelados com o dash (em qualquer frame) e pulo (não dá pra cancelar no frame ativo).

Talvez os youtubers criem uma nova vertente? HI-FI RUSH COMBO MAD: OFF BEAT. Também li a ideia de moddarem o jogo pros players inserirem QUALQUER música no jogo. Seria praticamente um Beat Saber character action. O tempo dirá, uma run não é o suficiente pra apontar “do que esse jogo é capaz” e “do que ele não é”. Ao menos não em sua totalidade, mas já posso citar alguns nitpicks que tenho com o combate:

-> Limite de 1 dash no ar por vez. Tu só pode dar dash denovo ao tocar no solo. Isso me incomodou mais do que eu gostaria de admitir
-> Dash extra caso tu acerte o timing no ritmo da música, tendo como máximo, 2 dashes por vez. Isso é bem legal, mas essa regra não funciona no meio do ar e acho que um pulo extra seria legal também nesse caso. Assim como o Dante só consegue dar triple jump com o Devil Trigger ativado, o Chai só poderia fazer isso se pegasse o timing da música.
-> Limites no próprio sistema de ritmo: o ímã e o parry não são considerados e o batidão só pode ser executado com ataques e ataques sincronizados. Oportunidade perdida pra colocar até o botão de PAUSE como input de ritmo. É exagero meu, mas o lance do batidão é uma reclamação verdadeira, já que o jogo considera que tu errou o beat se usar o dash no lugar do ataque, o que é realmente uma oportunidade perdida.

De qualidade eu acho que já falei bastante. O combate desse jogo é catártico pra caralho, no sentido mecânico e musical, e fico feliz de poder escrever esse tipo de coisa de forma séria. Gosto que pegaram um “sistema de prioridades” parecido com Ninja Gaiden aqui: pela falta de direcionais e pela câmera ser super intuitiva, decidiram não colocar lock-on no jogo. Não tem nem com o analógico, nem o “soft lock-on” (que é só alterar a postura do personagem). O Chai bate de acordo com suas prioridades, sendo a principal delas: distância. Ele sempre vai atacar o inimigo mais próximo dele, mesmo se ele tiver de costas. As outras prioridades se baseiam em mecânicas do jogo: o ímã vai sempre focar nos inimigos que estiverem no ar, a Peppermint vai sempre atirar nos inimigos com o escudo circular azul, e por aí vai. Não cheguei a testar se tipo de inimigo/vida são determinantes, mas é isso por enquanto.

Curto muito como os inimigos se comportam nesse jogo e deve ser um dos jogos com o melhor uso de “inimigos com escudo/que bloqueiam/que dão parry” que eu já vi. Cada tipo de inimigo tem certo recurso defensivo diferente que pode ser contornado de acordo com tal companion. Inimigos que pegam fogo e ficam imunes, só podem ser rebatidos pela Korsica, por exemplo.

Deixá-los vulneráveis e meter a porrada é satisfatório porque a física do jogo também tá de acordo com o ritmo da música, fora que ele pega uma regra parecida com a de Bayonetta 1: se o inimigo perde o escudo, ele tá completamente vulnerável pra virar uma bolinha de ping pong. Os juggles com os batidões são extremamente satisfatórios e o relaunch é praticamente infinito caso tu saiba utilizar bem os ataques sincronizados dos companions. Utilizar todas essas mecânicas que o jogo te oferece pra brincar com diferentes situações e ainda sim manter o ritmo da música… é o tipo de sonho que eu tinha antes desse game lançar. Até onde meu conhecimento permite, sim, o jogo tem suas restrições na criação de combos, mas a forma em que os encontros fluem é tão divertida – e desafiadora, ao mesmo tempo – que tu sente que cada move do Chai tem sua relevância: dar dano, quebrar escudo, aparar ataques, fugir e se aproximar de inimigos com o ímã e utilizar as diferentes propriedades de cada companheiro ali é o que faz de Hi-Fi Rush ser surpreendentemente profundo em termos de mecânica.

O sistema de ranking é outra coisa que gostei muito do game. Nos encontros, ele não penaliza morte e itens usados (até porque nem tem item ativo no jogo), e a punição pelo dano que tu toma só é considerada no medidor de estilo, ou seja, tu não precisa se cuidar ao máximo pra não tomar dano nos encontros porque a nota S ainda é possível. Ele estimula o diferente uso de moves, combos, ataques especiais e sincronizados diferentes e ao mesmo tempo, a gimmick principal do jogo que é atacar conforme a música: tu causa mais dano (logo, o problema com o tempo de resolução diminui), teu multiplicador de estilo aumenta e ainda é considerado em porcentagem o quão bem você foi no timing naquele encontro. É legal que o jogo não demanda muito perfeccionismo (ao menos na dificuldade normal) e que tu não precisa de 100% de timing, tempo perfeito e estilo alto pra pegar um rank S. No final de cada track (capítulo), o jogo faz uma média de timing, dano recebido, mortes e todos os seus rankings, o que acaba formalizando algo bem menos frustrante pela falta de necessidade de ficar atualizando toda hora a tua nota em todos os encontros (tipo Bayonetta)

Apesar de ter elogiado muito os inimigos do jogo, os chefes são a atração principal aqui: é METAL GEAR RISING CARTUNIZADO e isso me deixa muito feliz. Todos eles são figuras importantes do jogo (exceto o primeiro) e integram muito bem as mecânicas do jogo na luta. Basicamente, o que um chefe deve fazer? Varia muito conforme as circunstâncias, o jogo, os objetivos, as ideias, as preferências, mas os chefes de Hi-Fi Rush sintetizam tudo o que tu aprendeu entre eles (de um chefe pro outro) nos levels de uma forma muito divertida. Talvez nem tudo seja sintetizado, mas vou falar de um por um:

QA-1MIL -> Primeiro boss do jogo, testa o timing do player, os reflexos com o dash, o posicionamento e o batidão. Basicamente o começo do jogo né
Rekka -> Primeira luta com o uso de um companion, faz bom uso de tudo o que teve na primeira bossfight + os ataques sincronizados da Peppermint
Korsica -> PARRY. PARRY. PARRY. Como tudo nesse jogo, o parry tá em sincronia com a música e certos inimigos (mini-bosses e bosses mesmo) atacam como uma forma de minigame em que você precisa aparar tudo no ritmo da batida. A luta inteira da Korsica é basicamente só esse minigame.
Mimosa e Roquefort -> Agora com parry e 3 companions, esses chefes (a Mimosa, principalmente) demandam o toolkit inteiro do Chai
Kale -> Boss final do jogo, a primeira fase é parry only, a segunda ele é completamente invulnerável até tu tirar o escudo com algum companion e a terceira é mano a mano. O final é clichê, mas é basicamente um minigame de ritmo em que todo o teu grupo de companions ajuda pra dar o final blow no chefe.

Todas as lutas são extremamente divertidas de jogar e também oferecem um espetáculo absurdo, tanto visual, quanto sonoro. O visual é autoexplicativo porque a equipe de direção visual e character design caprichou TANTO que nem preciso comentar muito, mas um destaque aí pra Mimosa que é provavelmente meu chefe favorito do jogo. E a parte sonora… bem, eu queria algo mais puxado pra Metal Gear Rising, onde o vocal da música estoura em determinado momento da batalha. Isso acontece na primeira bossfight do jogo, mas nas outras é menos perceptível. E apesar de ter ficado MUITO feliz com a música que escolheram pro boss final, a voz do Trent Reznor ter menos volume do que a dos personagens do jogo é sacanagem demais mané.

Combate a parte, muito do que fluiu os levels do jogo pra mim foi o quão divertido é atravessar as coisas. Pular, dar dash, usar o ímã, e a exploração num geral: aqueles momentos de “hm, qual será a sala certa pra progredir que eu quero deixar pra depois?” são resolvidos pelo quão intuitivo é a exploração desse jogo, e também o quão gostoso é a travessia. Mas acho que pra um mapa tão bem construído, cada canto investigado te recompensar só com loot é um pouco decepcionante, achei que teria encounters secretos/secundários por aí. E talvez tenha, mas só no pós-game, que eu não joguei ainda.

Questão de história, narrativa, personagens, estética visual e apresentação do jogo, pode-se dizer que o jogo atingiu todas as minhas expectativas e mais um pouco. Essa merda é um desenho da Cartoon Network jogável, cheio de referências a cultura pop, cutscenes estilizadas, brincando com as animações, imitando spider-verse, personagens contando piadas que eu já devo ter visto pior em algum desenho por aí e os vilões mais caricatos (e carismáticos!) da história. TEM UM VILÃO QUE FAZ JOJO POSE, CARA. O jogo é clichê, adolescente, o design do protagonista é genéricasso e a personalidade dele pode ser o negócio mais irritante do mundo pra alguns, mas são passos dados na direção certa, na medida certa, porque o game não tenta esconder em momento algum o que ele quer ser. Os momentos sérios são melodrama, e o bom humor do jogo é tonalizado de uma forma legal o suficiente pra entrar em harmonia com o resto – até mesmo na parte mecânica.


Eu diria que essas 5 estrelas que eu tô dando pra Hi-Fi Rush é porque nenhum outro jogo toca The Perfect Drug na porra do chefe final.


Provável que eu vá rejogar diversas vezes e volte aqui com um texto 5x maior!!! (ou não)






Ok, estou chegando um pouco atrasado pra festa mas enfim zerei o aclamado Hi-Fi Rush, jogo que veio pro mundo do nada e gerou um hype imediato. As vezes eu simplesmente não sei esperar quando começo algum jogo. Não sei se vou buscar um gameplay que me divirta, uma história que me prenda ou algo diferente, as vezes você apenas zera algo e vai pro próximo jogo sem saber bem o que esperar, e com o passar dos anos, seus gostos podem mudar drasticamente. Hi-Fi na verdade me trouxe o sentimento mais puro possível, algo que eu não sentia faz algum tempo: a pura felicidade que sinto jogando jogos.

Cel shading lembram jogos de PlayStation 2, onde existem muitos jogos com a tecnologia. Hoje esse estilo visual é algo nostálgico, algo cartunesco, que se parece com desenho que provalvemente é o que muitos falavam na época quando se jogava algum jogo assim, e claro que desenhos lembram a infância, e eu igual muitos simplesmente amava. A identidade visual de Hi-Fi é algo nostálgico dessa forma, algo que remete a tempos dourados de quando se jogava jogos na infância/adolêscencia. O simples fato de achar algo ''legal!'' quando se ve a capa, e depois aquela euforia de ficar encantado enquanto se joga, Hi-Fi me trouxe tudo isso. E já que estou falando do visual, Hi-Fi é estupendamente (nem sei se existe essa palavra) maravilhoso. As cores, o design dos cenários, personagens, inimigos, chefes, tudo é simplesmente maravilhoso com um tremendo capricho, e ainda tem algumas cutscenes em animação cartoon mesmo, doidera. Espero que com seu sucesso jogos AAA cel shading voltem a ser uma tendência na indústria, pois se muitos jogos antigos continuam lindos até hoje, com a tecnologia atual ainda é possível fazer algo maravilhoso, como foi mostrado aqui.

O gameplay do jogo é absurdo. É um hack'n slash frenético e divertido, cada batidão é um extâse diferente e cada vez que se vê um ''S'' ali em cima é uma empolgação absurda. A variedade de inimigos é boa e a possibildiade de chamar companheiros pro combate traz um diferencial bacana pro jogo. Tudo é no ritmo, até o cenário, coisa de louco, toda vez eu me pegava torcendo pra aparecer mais inimigos de tão divetido que esse jogo é. E a parte sonora como fica? Efeitos sonoros durante o combate deliciosos de ouvir e a trilha sonora é simplesmente espetacular, como amante de rock era simplesmente impossível não gostar. A história é básica e clichê, mas na moral? Até isso se casa o clima nostálgico que o jogo passa, é como se você estivesse acompanhando uma aventura de algum cartoon ou filme de animação que amava na infância, a aventura por si só vale mais que qualquer roteiro ou trama mirabolante, e claro que seus personagens são divetidíssimos pra acompanhar tudo isso, com uma dublagem em PT-BR absurda.

Hi-Fi Rush veio pra fazer história, é um dos fortes candidatos a jogo do ano num ano que a concorrência vai estar pesada, um jogo simplesmente inesquecível que me faz lembrar porque eu gosto de jogos em primeiro lugar, o importante é se divertir, e acabar sentindo aquela alegria de jogar jogos eletrônicos como se fosse uma criança de novo foi só a cereja do bolo.

Nioh

2017

o yo soy tonto o este juego es muy dificil

Nioh

2017

Challenging and exhilarating.
The game combines intense combat, deep customization, and a richly detailed world inspired by Japanese history and mythology. Basically Dark Souls in Japan.

While it draws inspiration from the Soulsborne genre, Nioh manages to carve out its own identity with its distinct setting and mechanics, making it a standout title for fans of challenging action RPGs.

To me, the heart and soul of Resident Evil 4 is the combat, and that’s what this review is about. Everything else about the remake is something I can take or leave, but I have many issues with the gameplay and its design, and I’d like to talk about why because it feels like everything that the original did right has been forgotten by both the devs and the fans.

To be clear, I am okay with Resident Evil 4 Remake being a different game than the original. In fact, I would like it more if it was more different and tried to execute a new idea well. My issue with it is that I don’t think the remake succeeds at carving out its own niche gameplay-wise, and instead it feels like a mismade version of RE4 held up by band-aid fixes to try to maintain the illusion of being a decent action game, and I will try to explain why I feel this way.

A core pillar of RE4 is the tank controls, they are what adds nuance to even the simplest encounters in the game and everything is designed around the limitations brought on by them. The Remake inevitably takes out the tank controls and, because of that, much of the original design crumbles, the solution to which is to make an entirely new game around the modernized controls. However, they did not do that, they instead applied a bunch of reactionary changes trying to make the game feel functional and challenging despite the removal of its core design pillar.

To illustrate this, let’s talk about one of the basic enemy types of the game, the axe-thrower. An axe is thrown at you in the original RE4, the tank controls prevent you from easily sidestepping the issue. You need to either walk forward at an angle to dodge it which drastically influences your positioning and can move you towards the crowd of enemies, or you need to shoot the axe as it’s being thrown at you to stop it. Both of these options have quite a bit of nuance to them, as dodging with your movement requires you to turn in advance since Leon’s turn speed isn’t instant, meaning that a level of prediction and foresight is required to pull this off, and shooting the axe requires you to ready your weapon, get a read on the axe’s trajectory to aim at it, and expend ammo. These are not the only ways, but they serve as good enough examples.

Come to the remake and now you have a variety of options to dodge the axe that make it a non-threat compared to the original. You can sidestep it to get out of the way, you can block it with your knife by holding a button, and you can duck under it to dodge it without needing to move. All this stuff lets you get around it in ways that dont push you into interesting situations. These enemies however are still here in the remake and they act about the same, seemingly just because they were there in the original, not because they do anything interesting for the combat. This to me exemplifies a lot of the ways most of the enemies lost their purpose and "fun" since the mechanics that made them interesting to deal with are gone, and illustrates the value that the tank based controls brought to simple interactions. For some reason we have even more options that are even easier to use against an enemy that is already made ineffective by the core system changes.

So how does the game maintain any challenge? The devs tried to do so in a couple ways but I don’t think they make for a fun or nuanced game. For one, they made it so that all unarmed enemies have long, lunging grabs that require you to sprint away from for quite a while as they chase you. If they are already close, they perform instant grabs that can’t be dodged in any way. Enemies also can’t get stunned by your shots as consistently so that you can’t counter their aggression with your guns. In short, on the highest difficulties your best bet is always keep a safe distance from all unarmed enemies. Yes, I am aware that lunging grabs can be ducked, but grabs that begin at close range cannot be ducked, so your gameplan is ultimately still the same, be far from enemies to prevent unwinnable situations. The ability to duck far lunging grabs ultimately doesn’t change your decision making in any significant way.

Another big factor is that melee was nerfed and made extremely inconsistent, especially on the higher difficulties. Shooting an enemy in the head no longer guarantees a stun that gives you a melee prompt, and the kick itself has a much smaller hitbox and no lasting i-frames. While the kick being nerfed is something I can understand and play around with, the fact that it was also made unusable due to the RNG to trigger it is baffling to me. I am okay with it taking more than one headshot, but you can shoot an enemy 5 times in the head in professional and never get the stun. If the stuns were consistent to trigger through applicable rules, you would be able to pick an enemy in the crowd to get a stun on, lure enemies around them for crowd controls, or use the kick animation to i-frame through other attacks by planning ahead. But because of its inconsistency it's not a reliable strategy that allows you to play aggressive and risky with enemies. The melee stun is now essentially a random thing that the game “gives you”, similar to how you randomly get crits, and that change on its own removes half the appeal of RE4 for me, and I don't think the game compensates for it sufficiently.

Given what they did to melees, it’s quite funny that they still have enemies who wear helmets to stop you from headshotting them. In the original this mattered a lot since it meant you can’t headstun them to use them for crowd control and i-frames, and instead you had to go for knee shots which were less reliable and weren’t useful for dealing with a crowd. Yet the enemies in the remake still wear helmets as if it matters, but all it does is simply force you to shoot them in the body which only takes one/two more shots more than shooting the head. It’s another case of the enemy design losing what made it compelling due to short-sighted changes in mechanics and the devs failing to realize how much it would take away from the game.

The kind of gameplay these changes lead to is one of constant backpedaling, since your melee is no longer strong and reliable, and enemies have instant lunging grabs with no counterplay to them at close range, at higher difficulties the game devolves to simply running away from enemies and shooting. Sometimes you get lucky and get to do a melee, but it’s not a part of the plan. The plan is to make space, sprint away, and circle around the arena and shoot. If anything gets in your way, a quick shotgun shot can disable them. The game’s challenge is now simply asking you to run and use ammo. I don’t think this is a particularly compelling gameplay loop when the ammo management never feels difficult as long as you hit your shots due to the leniency provided by the dynamic difficulty ensuring you get the drops for the weapons you are low on ammo on. Even if the ammo management was super tight, what kind of gameplay would that lead to? Simply clumping up enemies into tight corridors so you can shotgun/rifle multiple of them at a time for ammo efficiency? Or doing the same gameplan except slower to get focus shots with your pistol? Or if you play for rankings, simply run past all the enemies and encounters. It’s not fun to pull off, it’s simply boring.

There is another aspect to the defense in this game which I haven’t mentioned yet and that is the knife but I think it only exacerbates the game’s issues. On the surface you can say the knife adds more flexibility to the gameplay and parry allows you to get melees consistently, which is true, but to me that undermines the appeal of the mechanics it’s meant to interact with. The knife allows you to parry the attacks of any armed enemy, which in a kind of backwards way makes all the armed enemies way less dangerous than unarmed ones and their undodgeable grabs. Being able to get a melee off of it consistently is a sad way to relegate the mechanic, since it prevents you from using it aggressively and making your own choices when it comes to who and and when you want to use melees on, instead its simply something that happens to you, you get to do parry into melee if the game pits you against armed enemies that allows you to circumvent anything that could be challenging about them with an easy timing challenge. Even when made a bit more challenging with enemies varying their attack timings on Pro mode, the parry doesn’t ever feed into the rest of the game’s systems as the knife durability cost is virtually nothing for doing it. All it does is simply give you a “Get Out Of Jail For Free” card when it comes to armed enemies since their attacks are a boon to you, and in a backwards way it makes them easier than unarmed enemies and their grabs.
This is probably one of the places where I have the most disconnect with this game because I really don’t get the fun of parries in a game like this. Dodging through positioning and making decisions by planning around enemy behavior is where I get fun from this kind of action game, but with an instant parry like in RE4 with the static and slow enemies of this game it does absolutely nothing for me. If it had a big durability cost then maybe it would be a justifiable decision where you trade the damage and utility of the knife to escape a bad situation, but instead you just know the timing and nullify the entire enemy’s presence. The coolness of the animation is not enough to make up for how damaging it is to the game design to put so much on a simple timing challenge.

Ultimately, a big realization I made about RE4 Remake compared to the original is that it’s a game where things simply happen to you, rather than a game where you can make things happen.
You do the melee prompt when the game graces with you a stun animation, it’s not something you can reliably control and make decisions around.
You use knives to finish off enemies when the game lets you do so against transforming enemies, but you can’t control when it pops up since it doesn’t appear on most enemies and it’s not like you have a way of identifying Plagas enemies and knocking them down in advance. Because of that, stabbing grounded enemies never feels like a decision, just a prompt that you obey since you have little reason not to unless you wasted your knives getting grabbed. If every enemy on the ground had a stab prompt then at least you would be thinking about which enemies you choose to not do it on to save your knife resources.
You aren’t meant to use the knife aggressively since it can’t stun well anymore and the wide swings do pitiful damage, but you are meant to use it to parry attacks when an armed enemy happens to get into your range. When you parry attacks, you always get the same melee as a reward, you don’t get to make the choice of using a knee stun melee or a head stun melee for different purposes. You have little control in this game and most of the gameplay loop is obeying on-screen instructions in-between kiting and shooting

Compare this to the original RE4, where your backwards movement is much slower than your forward movement, so playing aggressively is encouraged, and running away from something comes at the cost of losing vision to it. You can choose what enemy to shoot in order to stun them, you choose where to shoot them to make a choice between the roundhouse kick for great crowd control or the straight kick/suplex for better single target damage. You can weave around enemies, bait them into quick attacks that you can feasibly whiff punish with your knife to get a headstun and turn close quarters situations in your favor. Compared to this, constant running away and shooting at enemies in the remake feels shallow and boring. To make it clear I don’t think the remake is hard, the strategy you are pushed into is so effective and easy to execute its hard to be very difficult once you get a hang of it, but it’s not fun either, and even if they found a way to make it hard it would just be boring due to how limited the mechanics are and how little options the player has in actually influencing the way fights progress.

And that about sums up my issues with the game. I can’t think of a good way to tie it together other than that I am deeply disappointed by what this remake had to offer. The devs clearly don’t have experience in making action games, they want to make a survival horror game so badly with the way professional is designed but it’s just not a good survival horror game either. If this was a more horror and resource management oriented RE4, that would be cool, but I think it’s simply a shitty action game where you point and click at enemies in-between kiting them.
If it were not a remake of RE4 then I would just see this as a mediocre third person shooter that tries hard with the encounter design, which is better than we get most of the time, but this game was made off the incredibly strong foundation of RE4 and yet managed to miss just about everything that was fun about it to me.
That this could be viewed as a good remake and a refinement of the original feels very strange to me, but I guess I’m completely divorced from the way people view action games nowadays. I guess as long as it has good animation work and easy controls it’s good enough, but I want more than that out of these games and the industry isn’t interested in providing that anymore. Unfortunate that I grew up to care about this stuff.

Addendum:
Since people gaslight themselves with this game into thinking the stuns are consistent, here is evidence of them being inconsistent and unreliable where I can shoot an enemy to death without ever getting a stun:
https://streamable.com/fovauq
https://streamable.com/a6jcux
https://streamable.com/nmb8lz
https://streamable.com/08vazy
First two clips are on hardcore with a fully upgraded Red9, last two clips are at the start of Professional.


Quanto mais tempo eu passo nesse jogo mais eu gosto dele. É bizarro que com tão pouco orçamento conseguiu ser uma experiência tão completa em tudo que se propõe.

O nível de detalhes da narrativa desse jogo consegue ser melhor do que qualquer outro na franquia. E o melhor de tudo é que ele é um jogo que respeita o universo que faz parte, ao nível de um nome de um file da DLC do Resident Evil 5 se tornar uma vilã extremamente memorável e complexa, ao nível de pegar um personagem que só apareceu em um jogo e conseguir expandir sua personalidade e sua backstory e ao nível de conseguir trazer inúmeras referências aos classicos da série.

A gameplay também não fica pra trás nisso. É meio chocante que um jogo com um orçamento tão baixo tem sistema de zapping e o Resident Evil 2 Remake não. O carinho que os devs tiveram nessa gameplay desse jogo é coisa de você apertar uma alavanca na campanha da Claire e mudar total um segmento na campanha do Barry por consequência disso. Isso adiciona um fator replay maravilhoso.

Eu amo voltar pra essa masterpiece subestimada e descobrir coisas novas mesmo depois de +200 horas de jogo. Pra sempre meu jogo favorito e o único que não me decepciona em nenhum aspecto

Juro, esse jogo não tinha obrigação nenhuma de ser tão bom

Um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, por ser uma junção de vários outros jogos que eu amo e que marcaram minha vida, zerei todos os jogos incontáveis vezes em todas as dificuldades e nunca me canso, principalmente jogando em coop com os amigos.
Personagens icônicos, cheios de personalidade e motivações, história e universo com momentos inesquecíveis, gameplay super fluida com inimigos criativos e divertidos de lutar contra, sem contar com os seus designs incríveis, e um level design de dar aula.
E isso tudo são só as campanhas! Também há os modos multiplayer: PVP, que possui diversos modos e requerem bastante habilidade e trabalho em equipe, e são especialmente divertidos de se jogar com amigos; e PVE, com o modo tiroteio e Spartan Ops, que consiste em lutar contra inúmeras hordas de inimigos com uma dificuldade que aumenta ao longo das hordas, através dos crânios: alterações ao jogo que podem deixá-lo mais difícil, mais fácil, ou mais maluco! Jogar esse modo com mais três amigos é uma das experiências mais divertidas que eu já tive com videogames em geral.
E não acaba por aí, a rejogabilidade do jogo é praticamente infinita, com temporadas que adicionam novos cosméticos incríveis para o seu Spartan e para o seu perfil dentro do jogo, e também com os desafios diários, semanais e sazonais que oferecem recompensas muito satisfatórias de se obter.
Concluindo, Halo: The Master Chief Collection é um jogo sensacional e todos deviam experimentar, pois de fato é uma experiência inesquecível!

Prós:
-Ótima história, ousada e inovadora, sendo MUITO melhor que o game anterior.
-Novas opções de customização.
-Gráficos e áudio melhores do que nunca.
-Extremamente balanceado e diversificado.
Contras:
-Desenrolar da narrativa um pouco repetitiva e linear.
-Diversos personagens existentes do universo simplesmente não aparecem no modo história.
-Kripta deixada de lado e, aparentemente, focada em microtransações.

Black

2006

Apesar de um bom FPS, acho superestimado.

Inegável a nostalgia que esse jogo carrega, principalmente pros Brasileiros, mas na minha cabeça o jogo era bem melhor do que realmente é. A jogabilidade do game é meio repetitiva e muitas vezes padrão, o sistema de mira chega dar agonia de tão "duro" e "travado". Também achei a história total superficial e genérica.
Apesar dos pesares, os gráficos e sons desse jogo envelheceram igual vinho, continuam funcionando até hoje, mesmo o game sendo de 2006. Indiscutivelmente esse jogo moldou/inspirou vários outros FPS consolidados (acho muito legal as cutscenes antes de começar as missões, no estilo "filme" com pessoas reais).

Bom do começo até o final. O jogo entrega uma história bem humorada, cheia de reviravoltas com personagens extremamente carismáticos junto com quebra-cabeças MUITO desafiadores. A trilha sonora fraca e a "repetitividade" da gameplay são os únicos pontos negativos do game, fora isso o jogo mescla bem a gameplay desafiadora + um roteiro bem escrito e bem humorado.

Veredito: quem dera toda franquia ressuscitasse assim.

Prince of Persia é um dos jogos mais influentes e que melhor envelheceram até hoje, e foi importante demais na minha infância. Após duas continuações e vários problemas, seu criador - que nunca foi gamedev de carreira - resolveu abandonar de vez os videogames... até uma equipe da Ubisoft Montreal decidir ressuscitar a franquia mais de 10 anos depois do original, e fazer questão de que ele participasse. O resultado é um jogo de ação-plataforma 3D incrível, que também envelheceu absurdamente bem.

Com diversas homenagens ao PoP original (inclusive quem platinar destrava um dos ports do jogo), um making of super completo, narrativa e ambientação caprichadíssimas e um arco de protagonista bastante acreditável... Não é nenhuma surpresa que Sands of Time tenha sido um dos meus jogos favoritos naquela geração.

Veredito: já foi superado, mas ainda vale a pena.

Quando lançou, o Cube ganhou um remake do pai dos jogos de terror. Ele faz o que remakes faziam na época: melhora tudo que é técnico e não mexe em nada do resto.

A grande estrela aqui é a atmosfera, com destaque pra câmera, direção sonora, cenários, e pra excelente mecânica de gerenciamento de recursos. Não tem como não ficar com o cu na mão praticamente o tempo todo, mesmo sabendo que talvez não aconteça nada. 'Devo levar a escopeta ou abrir espaço no inventário?' é o tipo de pergunta constante.

Pena que as cutscenes sejam uma merda. Mal escritas, mal animadas, mal dubladas, mal modeladas, mal dirigidas... É mais triste ainda porque tinha um puta potencial. A ideia da trama é bem maneira e as cartas, diários, documentos etc espalhados são super bem escritos. Mas a história acaba ficando meio manca por causa dos personagens tão empatizáveis e profundos quanto uma poça d'água.

Beleza que a influência foram os filmes de terror dos anos 80 e 90, mas isto é um remake, cacete! XD

Veredito: 'só' um FPS muito bom.

É difícil jogar Half-Life sem pensar na reputação dele. Muito mais que o meme 'Cadê Half-Life 3?!', este é um dos FPSs mais famosos e influentes do mundo, com um nome enorme por trás. Mais de 20 anos depois... Não é que ele tenha envelhecido mal, mas muitos jogos já fazem melhor tudo o que ele fez, e fazem mais coisas ainda. A fórmula tanto amadureceu como cresceu.

Isso não é nenhum problema. Pelo contrário, é ótimo que a arte tenha sido inundada de jogos de tiro inspirados por algo tão bem feito. Mas hoje ele é só isso: um jogo bem feito. Combate sólido, direção sonora e visual sólidas, história e narrativa sólidas. E, pelo menos pra mim, isso é mais que o bastante.